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SP: ação contra receptação de celulares prende três pessoas

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A Polícia Civil de São Paulo desarticulou nesta terça-feira (4) uma rede de receptação de aparelhos celulares na capital paulista. Dois homens e uma mulher foram presos e 43 celulares foram apreendidos.

As detenções foram feitas em um prédio no centro da cidade, onde funcionava estabelecimento comercial utilizado como fachada para a atividade ilícita. Os aparelhos serão analisados pela polícia.

Na operação, chamada de Mobile Strike, ainda foram recolhidos oito capacetes, seis relógios, um veículo de luxo, uma arma de fogo falsa, anéis, colares e uma bolsa térmica utilizada para esconder os celulares e impedir o rastreamento. As investigações apontaram que a quadrilha movimentava cerca de 20 a 30 celulares por dia no esquema criminoso.

Além das prisões, 11 pessoas foram conduzidas ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para prestar depoimentos. Elas passarão a ser investigadas por envolvimento no crime.

A operação contou com o efetivo de 110 policiais civis e, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foi planejada para atingir o núcleo financeiro e logístico da quadrilha com objetivo de enfraquecer as estruturas que sustentam o comércio ilegal dos dispositivos.

O bando era investigado há cerca de três meses pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat). Na primeira fase da operação, em setembro, dois homens foram presos em uma central de receptação de celulares roubados, na Barra Funda, na zona oeste da capital. 

“Os alvos das operações agiam como uma organização criminosa, com estrutura hierarquizada e funções bem definidas entre eles. Havia os responsáveis por roubar os aparelhos, os que revendiam ao comércio clandestino, inclusive para o exterior, e os que facilitavam o trâmite entre o roubo e a venda”, disse a SSP, em nota.

 

Fonte: Agência Brasil

Ministra do TSE vota pela cassação do governador Cláudio Castro

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A ministra Maria Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (4) pela cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por abuso de poder político e econômico na campanha à reeleição, em 2022.  

A ministra também se manifestou pela decretação da inelegibilidade por oito anos e a realização de novas eleições para o governo do estado. 

O voto da ministra também condenou o ex-vice-governador Thiago Pampolha, Gabriel Rodrigues Lopes, ex-presidente da Ceperj; e o deputado estadual Rodrigo da Silva Bacellar (União), ex-secretário de govern  

O voto foi proferido no início do julgamento no qual o Ministério Público Eleitoral (MPE) e coligação do ex-deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) pretendem reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que, em maio do ano passado, absolveu Castro e outros acusados no processo que trata de supostas contratações irregulares na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Em sua manifestação, a ministra, que é relatora do caso, disse que as contratações foram feitas à margem das normas constitucionais, sem fiscalização e fora da folha de pagamento do estado. Galotti destacou que os pagamentos foram feitos diretamente aos beneficiários, ou seja, na boca do caixa dos bancos. 

A relatora citou ainda depoimentos de testemunhas que confirmaram ter sido coagidas a participar da campanha de Castro e fazer postagens favoráveis ao governador nas redes sociais em troca da promessa de manutenção do emprego. 

“Cláudio Castro aparece numa posição central de execução do esquema ilícito. Utilizando de suas prerrogativas do chefe do Executivo, não apenas anuiu com as práticas e as autorizou, além de ter editado normativos que viabilizaram as irregularidades”, afirmou. 

Após o voto de Isabel Galotti, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira. Não há data definida para a retomada do julgamento. 

Acusação 

Durante o julgamento, o vice-procurador eleitoral, Alexandre Espinosa, defendeu a cassação de Castro e condenação à inelegibilidade por oito anos. 

O Ministério Público afirmou que Castro obteve vantagem eleitoral na contratação de servidores temporários, sem amparo legal, e na descentralização de projetos sociais para enviar recursos para entidades desvinculadas da administração pública do Rio.

De acordo com a acusação, a descentralização de recursos ocorreu para fomentar a contratação de 27.665 pessoas, totalizando gastos de R$ 248 milhões.

A acusação também citou que os pagamentos aos contratados eram feitos por meio saques na boca do caixa, com objetivo de aliciar eleitores. Além disso, alguns contratados teriam trabalhado na campanha de Castro. 

“A prova dos autos autoriza a caracterização do abuso de poder político e econômico, com gravidade suficiente para confiscar a legitimidade do pleito. Essa procuradoria eleitoral se manifesta pelo provimento do recurso para fixar a conduta vedada, a prática do abuso de poder político e econômico, cassando o diploma dos investigados eleitos, declarando a inelegibilidade pelo prazo de oito anos”, disse Espinosa. 

Defesa 

No julgamento, o advogado Fernando Neves, representante de Castro, disse que o governador apenas sancionou uma lei da Assembleia Legislativa e um decreto para regulamentar a atuação da Ceperj e não pode ser responsabilizado por eventuais irregularidades. 

“Se alguma irregularidade existiu na execução desses programas, o governador não pode responder por elas. É imaginar que se um motorista do tribunal tomasse uma multa por excesso de velocidade, fosse cobrar da presidente [Cármen Lúcia]. Evidentemente, não tem sentido”, afirmou. 

Fonte: Agência Brasil

Palmeiras e Ferroviária se classificam para final da Copa do Brasil

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A grande decisão da Copa do Brasil Feminina está definida. Ela será disputada entre Ferroviária e Palmeiras, que, respectivamente, superaram Bahia e São Paulo pelas semifinais da competição em partidas disputadas nesta terça-feira (4). A expectativa é que a final da competição seja disputada no dia 19 de novembro, em local e horário que ainda serão definidos.

A primeira classificada para a decisão saiu no embate entre Ferroviária e Bahia, realizado na Fonte Luminosa, em Araraquara (SP). Jogando em casa, as Guerreiras Grenás triunfaram pelo placar de 2 a 0 e tem agora a oportunidade de buscarem o bicampeonato da competição, após ficarem com o título de 2014.

O time de Araraquara começou a construir sua vitória logo aos 8 minutos do primeiro tempo. Após cobrança de falta ensaiada, a bola sobrou dentro da área para a lateral Rafa Soares, que teve apenas o trabalho de bater por cobertura.

Aos 38 minutos a zagueira Camila fez lançamento longo para Júlia Beatriz, que partiu em velocidade para ficar livre diante da goleira Yanne e, com um toque sutil, bateu por cobertura para marcar um golaço.

Depois, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), o Palmeiras goleou o São Paulo por 4 a 0 para alcançar a decisão da competição. O triunfo do Verdão foi alcançado com gols de Ingryd, Brena, Andressinha e Pati Maldaner. As Palestrinas tentam levantar o troféu da competição pela primeira vez.



Fonte: Agência Brasil

Relação com professor ajuda aluno na construção de propósito de vida

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Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Ânima verificou que o relacionamento entre professor e aluno influencia fortemente no desenvolvimento de um propósito de vida para os estudantes.

A pesquisa, feita em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social da Universidade de São Paulo (Lepes/USP), se baseou em 500 mil respostas de profissionais de educação e estudantes das redes públicas de ensino dos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pará e São Paulo. A sondagem foi feita em três rodadas, sendo duas realizadas em 2023 e a última no ano passado.

“O grande resultado que a gente encontra nessa pesquisa é entender que o estudante que está em contato com o professor, ou seja, que pode ter uma relação com o professor e sente confiança para ter essa relação, tem melhores indicadores de propósito de vida. Esse é o principal achado”, disse à Agência Brasil o gerente-executivo do Laboratório de Inovação em Políticas Públicas Educacionais (Lippe), Gustavo Mendonça Blanco.

O gerente-executivo também destaca a importância da família nesse processo de construção do propósito de vida dos jovens.

Intitulada Avaliação Diagnóstica: Pesquisa com Professores e Estudantes sobre Projeto de Vida, Saúde Mental, Clima Escolar e Competências Socioemocionais, o estudo mostra que quando se compara um jovem que declara poder contar com seus professores para falar sobre seus sentimentos, por exemplo, eles têm uma média de propósito de vida 16% maior em relação àqueles que não contam com esse fator protetivo.

Quando se volta para as famílias, a média de propósito de vida é 20% maior em comparação aos estudantes que não contam com os familiares para falar de seus sentimentos e emoções.

“A conclusão aqui é que essa relação com os adultos é muito importante para o desenvolvimento de propósito de vida do estudante”, diz Blanco.

A sondagem envolve principalmente alunos do ensino médio, embora a pesquisa tenha consultado também estudantes do oitavo e nono anos.

Saúde mental

Correlacionando a questão da saúde mental e o propósito de vida, a pesquisa mostra que ao se comparar dois jovens com o mesmo indicador de saúde mental, seja ele alto ou baixo, bom ou ruim, a diferença de propósito de vida chega a ser 30% maior para aquele estudante que disse poder contar com o professor. 

O trabalho identificou alguns fatores de risco à saúde mental dos estudantes dentro e fora do ambiente escolar, que podem influenciar o desenvolvimento dos propósitos de vida desses alunos; 

  • 29% acreditam que sua saúde mental é afetada pelos estudos;
  • 26% já sofreram bullying;
  • 24% se sentem pressionados a atender um padrão de beleza;
  • 21% se dizem angustiados com a situação financeira do lar;
  • 16% se sentiram sozinhos no último ano;
  • 13% se sentem compelidos a seguir algum comportamento visto nas redes sociais.

Entre os fatores que contribuem para que os estudantes desenvolvam seu propósito de vida e de que maneira cada um deles influencia nesse processo, a pesquisa evidencia que as competências socioemocionais lideram, com 54,9%, envolvendo a convivência respeitosa, a tomada de decisões conscientes e o gerenciamento das próprias emoções, seguida pela qualidade da relação com o docente (14,7%).

Outros fatores incluem a saúde mental (14,5%), o apoio da família (11%) e as características individuais (4,7%).

Professores

Os educadores também foram avaliados na pesquisa, com foco em sua atuação docente e seu propósito de trabalho. Das 500 mil respostas, 12,5 mil foram de professores.

A pesquisa abrangeu cinco conceitos:

  • rede de apoio intra e extraescolar, observando o meio em que vivem;
  • o propósito de trabalho e a importância na vida do professor;
  • autoeficácia – que é a crença em sua capacidade de executar tarefas de sua função de professor;
  • saúde mental; e
  • capacidade para realizar práticas pedagógicas.

“O principal resultado aqui é que a gente correlaciona esses cinco construtos”, explica Blanco.

Destaque para os elementos que mais influenciam no propósito do professor no trabalho e o engajamento dele relacionado a esse propósito. Os que mais afetam são a saúde mental e a autoeficácia.

Projetos

Uma das origens da pesquisa é o projeto Papo de Cabeça, parceria entre o Instituto Ânima e a Fundação Z Zurich, que promove o desenvolvimento de competências socioemocionais, apoiando o desenvolvimento de projeto de vida, com potencial para impulsionar a qualidade das relações dentro das escolas e o fortalecimento da comunidade escolar.

A iniciativa promove parceria com secretarias estaduais de educação, oferecendo gratuitamente aos profissionais cursos de pós-graduação e de extensão sobre educação socioemocional.

“A gente atua formando os professores dessas redes parceiras. Hoje, a gente tem um programa de pós-graduação, de educação contemporânea, com ênfase em competências socioemocionais, em que o professor passa ali por uma formação de 380 horas sobre essa temática e como levá-la para a sala de aula”, informou o gerente.

A orientação é trabalhar, inclusive em sala de aula, a relação maior com o estudante. Pela pesquisa, percebe-se que os estudantes que apresentam melhor desempenho são exatamente aqueles que enxergam o professor como uma referência.

“A gente acredita muito no trabalho que existe na formação continuada deles [educadores] de capacitação profissional. É onde a gente pode ganhar mais qualidade em termos de estudantes e nos professores recém-formados para fazer esse trabalho com os alunos”, afirmou Blanco.

O Instituto Ânima está distribuindo gratuitamente também para todas as secretarias parceiras o jogo Conexões que Cuidam. O material é organizado sob a forma de livro e será entregue não só às famílias dos estudantes que participaram da pesquisa, mas ao público em geral.

Através de brincadeiras e recursos digitais, a publicação busca estimular o autoconhecimento e a autorregulação de alunos dos anos finais do ensino fundamental e dos jovens do ensino médio.

Parceiros

O Instituto Ânima é uma organização da sociedade civil, de caráter beneficente e sociocultural, sem fins lucrativos, fundado em 2005.

Em parceria com secretarias estaduais de Educação, tem atuado na implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por meio da formação continuada de professores, com programas que já alcançaram mais de 15 mil docentes.

A Z Zurich Foundation é uma fundação beneficente sediada na Suíça. De acordo com o relatório Power of Giving 2024 da Prospira Global, a Z Zurich Foundation ocupa o terceiro lugar na lista anual dos principais financiadores filantrópicos globais focados em saúde mental. 

 

Fonte: Agência Brasil

União Europeia afirma que poderá admitir novos membros até 2030

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A Comissão Europeia disse nesta terça-feira (4) que a União Europeia (UE) poderá receber novos membros já em 2030, ao elogiar Montenegro, Albânia, Ucrânia e Moldávia por seu progresso nas reformas necessárias para aderir ao bloco.

A Comissão também criticou a Sérvia por desacelerar seu processo de reforma. Ela acusou a Geórgia de “grave retrocesso democrático” e disse que a ex-república soviética era agora considerada um país candidato “apenas no nome”.

“A expansão da UE é de nosso interesse”, disse a chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, aos repórteres em Bruxelas, ao apresentar o relatório anual da Comissão sobre os esforços dos possíveis membros para aderir ao bloco.

“A adesão à União Europeia continua sendo um processo justo, difícil e baseado no mérito. Mas agora, a adesão de novos países à União Europeia até 2030 é uma meta realista”, disse Kallas.

Elogios

Mais cedo, a Comissária para a Ampliação da UE, Marta Kos, disse que Montenegro, uma nação dos Bálcãs com cerca de 600 mil habitantes, era o mais avançado dos países candidatos em seu caminho para a adesão.

Kos, que supervisiona o trabalho do executivo da UE com possíveis futuros membros, também elogiou a Albânia pelo que chamou de “progresso sem precedentes”, enquanto a Moldávia, que faz fronteira com a Ucrânia, também avançou com “velocidade acelerada”, apesar das pressões.

Da mesma forma, a Ucrânia avançou em sua candidatura à UE, apesar dos desafios da invasão da Rússia, que bloqueou o progresso formal das negociações de adesão.

“A Ucrânia demonstrou seu compromisso com o caminho da UE, avançando nas principais reformas”, disse Kos.

“Será essencial sustentar esse impulso e evitar qualquer risco de retrocesso, em particular (na) anticorrupção.”

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy saudou o relatório, dizendo no X: “Esperamos que a ação decisiva da UE supere todos os obstáculos artificiais para uma Europa forte e unida.”

Críticas

A Comissão reservou suas críticas mais fortes à Geórgia, que já foi a nação mais pró-ocidental da antiga União Soviética, acusando seu governo de minar o estado de direito e impor “severas restrições aos direitos fundamentais”.

O partido governista Georgian Dream, acusado pelos críticos de uma tendência ao autoritarismo e de uma política externa mais pró-Rússia, congelou as negociações de adesão à UE e acusou Bruxelas de planejar uma revolução na Geórgia, o que a UE nega veementemente.

Na semana passada, o presidente do Parlamento da Geórgia, que é um membro sênior do partido governista, disse que estava tentando banir os três maiores partidos de oposição do país por representarem uma ameaça à “ordem constitucional”.

Fonte: Agência Brasil

Bolsa tem décima alta seguida e volta a bater recorde

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As tensões no mercado internacional não impediram a bolsa de valores de bater recorde. O índice Ibovespa teve a décima alta consecutiva e continuou acima dos 150 mil pontos. Em contrapartida, o dólar teve forte alta e encostou em R$ 5,40, com receios de uma queda nas ações de empresas estadunidenses.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta terça-feira (4) aos 150.704 pontos, com alta de 0,17%. O indicador alternou altas e baixas ao longo da sessão, mas subiu nos minutos finais de negociação.

Esse foi o sétimo pregão seguido em que a bolsa brasileira bateu recorde e a maior sequência de altas diárias desde junho de 2024. Ao longo do dia, ações de mineradoras e de empresas de aviação pressionaram o Ibovespa para baixo, mas papéis de bancos e de petroleiras subiram, garantindo a alta do índice.

O mercado de câmbio teve um dia mais instável. O dólar comercial fechou a terça-feira vendido a R$ 5,399, com alta de R$ 0,041 (+0,77%). A cotação chegou a desacelerar para R$ 5,38 por volta das 12h50, mas encostou em R$ 5,40 nas horas finais de negociação.

O nervosismo no mercado estadunidense trouxe tensões globais. O índice S&P 500 (das 500 maiores empresas dos Estados Unidos) caiu 1,17% nesta terça, em meio a alertas de bancos estadunidenses de que o preço das ações na maior economia do planeta caminha para uma correção negativa.

No Brasil, o mercado financeiro aguarda o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que começou nesta terça e termina nesta quarta (5). Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com instituições financeiras, os analistas de mercado apostam na manutenção da Taxa Selic (juros básicos da economia) em 15% ao ano, o que dá fôlego para o real suportar as pressões externas.

* com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil

Câmara aprova ampliação gradual da licença-paternidade

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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (4), o projeto de Lei (PL) 3935/2008 que aumenta de maneira gradual a licença paternidade até 20 dias.

A proposta, aprovada de maneira simbólica com o voto contrário do Novo, aumenta a licença de forma escalonada de 10 dias do primeiro ao segundo ano de vigência da lei até 20 dias a partir do quarto ano. A licença ainda poderá ser dividida em dois períodos a partir da requisição do empregado. O texto agora retorna para análise no Senado.

Inicialmente, o projeto previa que a licença seria de 10 dias no 1º ano de aplicação da lei, de 15 dias no segundo ano, com acréscimo de 5 dias/ano até 30 dias no 5º ano, mantido daí em diante. Porém, o relator, deputado Pedro Campos (PSB-PE), teve que fazer ajustes no texto para conseguir a aprovação. Além disso, o projeto determina que a licença de 120 dias será concedida apenas em caso de falecimento materno. 

Com as alterações, o prazo máximo estabelecido para a licença-paternidade será de 10 dias, do primeiro ao segundo ano; 15 dias, do segundo ao terceiro ano; e 20 dias, a partir do quarto ano. Além disso, a proposta determina que a licença de 20 dias só será concedida se o governo conseguir cumprir as metas fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente ao segundo ano de aplicação da lei.

Caso a meta não seja verificada, a licença de 20 dias só entrará em vigor a partir do segundo exercício financeiro seguinte àquele em que se verificar o cumprimento da meta.

O texto diz ainda que a licença-paternidade e o salário-paternidade nos casos de nascimento, adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente com deficiência, passarão de 30 para 60 dias, com vigência escalonada até o quinto ano de vigência da lei.

A licença-paternidade é concedida ao empregado, com remuneração integral, em razão de nascimento de filho, de adoção ou de guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente, sem prejuízo do emprego e do salário.

Ao argumentar pela defesa da proposta, o relator afirmou que nenhum direito é mais fundamental do que o de nascer cercado de cuidado. Campos apontou ainda que o tema era alvo de debates desde a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988, que reconhece a família como base da sociedade e impõe ao Estado o dever de lhe assegurar especial proteção.

“Durante décadas, o Direito do Trabalho brasileiro reconheceu essa necessidade apenas pela perspectiva materna. A licença-maternidade representou um avanço civilizatório, mas a paternidade permaneceu à margem, como se o cuidado fosse uma atribuição exclusiva da mulher. Essa assimetria repercute não apenas na sobrecarga das mães, mas também na ausência paterna em um dos períodos mais decisivos da vida da criança”, observou. 

Os recursos para o pagamento da licença virão do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Caso o texto seja aprovado, a estimativa apresentada pelo relator diz que a previsão é de que o impacto fiscal líquido (despesas e perda de receita) será de cerca de R$ 2,61 bilhões, em 2026; de R$ 3,3 bilhões, em 2027; de R$ 4,35 bilhões, em 2028; de R$ 5,44 bilhões em 2029.

Pedro Campos apontou que os recursos para a nova política podem vir do Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), que prevê a atualização do valor e a regularização de veículos, imóveis, valores, títulos e ações no Imposto de Renda, caso sejam lícitos e não tenham sido declarados.

Poderá ser considerada, como fonte de custeio complementar, a receita prevista no Projeto de Lei Complementar apresentado pelo Governo na Câmara dos Deputados, que visa elevar a arrecadação federal em R$ 19,76 bilhões em 2026.

O projeto promove alterações diretas na Consolidação das Leis do Trabalho. A licença-paternidade passa a figurar, ao lado da licença-maternidade, como direito social de mesma hierarquia e abrangência. Para tanto, cria um novo benefício denominado salário-paternidade, de idêntica duração ao da licença-maternidade.

O texto diz ainda que o salário-paternidade será destinado às mesmas categorias de segurados atualmente contempladas pelo salário-maternidade, e, ressalvados os empregados em geral, será pago diretamente pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a quem também caberá o pagamento ao empregado do microempreendedor individual.

Conforme o texto, está prevista a concessão de incentivos fiscais para as empresas aderirem à licença. Além disso, o projeto diz que a licença pode ser suspensa pela Justiça quando houver elementos que indiquem a prática, pelo pai, de violência doméstica ou abandono material em relação a criança.

O projeto diz ainda que será permitida a manutenção simultânea de salário-paternidade e salário-maternidade, em relação a nascimento ou adoção, ou guarda judicial para fins de adoção, de uma mesma criança ou adolescente. Porém, o primeiro estará condicionado ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.

“A medida harmoniza, assim, o dever constitucional de proteção com a racionalidade econômica, pois o envolvimento paterno fortalece vínculos familiares, reduz desigualdades e favorece ambientes de trabalho mais equilibrados e produtivos”, pontuou Campos. 

Deputados do Novo se posicionaram contra a matéria. O líder Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o projeto com o argumento de que estabelecer uma licença-paternidade ampliada vai prejudicar a atividade econômica, especialmente as micro e pequenas empresas.

Segundo o parlamentar, a iniciativa traz “preocupação para o mercado de trabalho”. 

“Haverá uma ampliação de licenças obrigatórias, reduzindo margens de compensação, afetando as pequenas e microempresas que menos condições de arcar com essa mudança abrupta na legislação. O novo tem se colocado contrariamente a matéria. Manifestamos a posição contrário do partido”, afirmou.

O argumento foi rebatido pela deputada Jandira Feghali  (PCdoB-RJ), que lembrou que o projeto foi apresentado em 2008. A deputada esclareceu que os recursos virão da Seguridade Social. 

“O problema é que o argumento sempre é de quem paga. Mas quem a paga a licença-maternidade e a paternidade é o trabalhador na assistência social”, afirmou.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) comemorou a aprovação. “Hoje foi uma vitória de toda a bancada feminina, mas também do Parlamento brasileiro que hoje está ouvindo os pais, ouvindo as mães e ouvindo as famílias”, disse.


Fonte: Agência Brasil

Nenhuma mulher morreu durante operação no Rio, diz Polícia Civil

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A Polícia Civil confirmou a identificação de Cleiton Souza da Silva, um dos principais articuladores do tráfico de drogas no norte do país, entre os criminosos mortos durante a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na terça-feira da semana passada (28), que resultou na morte de 121 pessoas, entre elas, quatro policiais. 

Natural do Amazonas, Cleiton era ligado ao Comando Vermelho e considerado um dos responsáveis por fortalecer a presença nacional da facção.

O rosto de Cleiton ficou desfigurado ao ser atingido por tiros de fuzil durante o confronto. Por isso, ele havia sido confundido com a traficante Penélope, conhecida como Japinha, do Comando Vermelho, que estaria entre os mortos na ação. 

A Polícia Civil confirmou que não houve nenhuma mulher morta na Operação Contenção.

Além de Cleiton, outros oito criminosos do Amazonas já foram identificados entre os mortos. A identificação foi feita pela equipe de peritos da Polícia Civil. As circunstâncias das mortes são investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

As investigações continuam com o objetivo de identificar demais integrantes do Comando Vermelho e suas conexões interestaduais e internacionais.

 

Fonte: Agência Brasil

TSE inicia julgamento que pode cassar governador do Rio de Janeiro

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou há pouco o julgamento de um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) para cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por abuso de poder político e econômico na campanha à reeleição, em 2022.

A procuradoria eleitoral pretende reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que, em maio do ano passado, absolveu Castro e outros acusados no processo que trata de supostas contratações irregulares na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O processo também envolve o ex-vice-governador Thiago Pampolha; o ex-presidente da Ceperj, Gabriel Rodrigues Lopes, e o deputado estadual Rodrigo da Silva Bacellar (União), ex-secretário de governo.

O Ministério Público afirma que Castro obteve vantagem eleitoral na contratação de servidores temporários, sem amparo legal, e na descentralização de recursos para entidades desvinculadas da administração pública do Rio.

De acordo com a acusação, a descentralização de recursos ocorreu para fomentar a contratação de 27.665 pessoas, totalizando gastos de R$ 248 milhões, valor 30 vezes maior que o teto de gastos da campanha de 2022, que era de R$ 17 milhões.

A acusação também citou que os pagamentos aos contratados eram feitos por meio saques na boca do caixa, com objetivo de aliciar eleitores.

“O modo de remuneração realizada por meio pagamento em espécie na boca do caixa, sem qualquer fiscalização e controle, e, sobretudo, a inexistência de plano de trabalho sobre as atividades desenvolvidas, permitem concluir quanto a um desvio de finalidade na forma de admissão dos servidores”, sustentou o MPE.

Durante a tramitação do recurso no TSE, Cláudio Castro disse que está confiante na Justiça porque o TRE rejeitou a ação por “total inconsistência e falta de provas”.

O caso é relatado no TSE pela ministra Isabel Galotti.

Fonte: Agência Brasil

Parapan de Jovens: Brasil garante dobradinha dourada no goalball

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Com destaque para a dobradinha dourada no goalball, o Brasil conquistou dez medalhas nesta terça-feira (4) nos Jogos Parapan-americanos de Jovens que estão sendo disputados em Santiago (Chile).

A seleção feminina chegou à medalha dourada após superar o Canadá, de virada, pelo placar de 8 a 3 na final. “Eu vim firme e forte, pude ajudar meu time e contribuir com gols, para trazermos a medalha para o Brasil”, declarou a brasiliense Kemilly Costa, de 17 anos de idade.

Já o ouro masculino veio com um triunfo sobre a Argentina, também pelo placar de 8 a 3. “Comecei os primeiros jogos mais ansioso, mas, com o andar da competição, começamos a encaixar nossa defesa. Aí o Brasil leva para cima. A Argentina não aguentou, não”, afirmou o mineiro Bryan Rodrigues, de 17 anos e que disputa seu primeiro Parapan.

Além dos ouros no goalball a delegação brasileira conquistou nesta terça oito medalhas no atletismo (quatro ouros, três pratas e um bronze). Os lugares mais altos no pódio foram garantidos por Maria Clara de Araújo, na prova dos 200 metros classe T35 (paralisia cerebral), por Alex Félix de Souza, no salto em distância T20 (deficiência intelectual), e por Fabrício Klein e Ana Carolina de Souza nos 200 metros T37 (paralisia cerebral).

Fonte: Agência Brasil