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Enem 2025: inscritos autodeclarados indígenas crescem 89%, desde 2022

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O Painel Enem 2025, criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revela que o número de pessoas inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025, que se autodeclaram indígenas, cresceu 89% na comparação entre 2022 e 2025.

De acordo com a plataforma, o número passou de 19.980 para 37.489, neste período. Clique aqui e acesse o painel.

A autodeclaração dos candidatos indígenas é feita no momento da inscrição no exame.

Ao todo, o Enem 2025 registrou 4,81 milhões de inscritos confirmados. Mesmo tendo aumentado, os candidatos indígenas correspondem a 0,77% do total.

Perfil

Em um recorte por sexo, o painel revela que dos inscritos confirmados autodeclarados indígenas, 55,61% são mulheres e 44,39% são homens.

Em relação à escolaridade, o maior número dos inscritos autodeclarados indígenas, disseram estar cursando a última série/ano do ensino médio em 2025. Eles somam 16.610 inscritos confirmados.

O número duas vezes maior (100,63%) que os 8.279 inscritos autodeclarados indígenas que, em 2022, afirmaram estar concluindo o ensino médio.

O segundo maior grupo é de participantes que disseram já ter concluído o ensino médio. Eles somam 14.052.

Entre as unidades da federação, Amazonas foi o estado que mais teve inscritos confirmados autodeclarados indígenas (6.764), seguido de Pernambuco (4.525) e Bahia (3.450).

As universidades que usam a nota do Enem para cotas indígenas podem exigir documentação comprobatória, como a Declaração da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Indígenas brasileiros

No Brasil, estima-se que existam cerca de 305 etnias indígenas, que falam mais de 274 línguas diferentes. 

Segundo o Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população indígena no Brasil corresponde a 0,83% da população total do país.

Provas

As provas objetivas e a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro, em 1.804 municípios brasileiros.

As exceções são as cidades de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará. Devido à realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, de 10 a 21 de novembro, nessas localidades as provas ocorrerão em 30 de novembro e 7 de dezembro.

Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias que, ao todo, somam 180 questões objetivas.

Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo, a partir de um problema.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998.

Os resultados podem ser usados para acesso a universidades públicas, para concorrer a bolsas de estudo integrais e parciais em universidades privadas, para pleitear o crédito estudantil para o pagamento das mensalidades de faculdades privadas, para ingresso sem vestibular em faculdades, para estudar em Portugal, para autoavaliação e certificação de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência nessa etapa do ensino básico.

Para saber mais sobre o exame, acesse o link criado pelo Inep com respostas às perguntas mais frequentes. 

 

Fonte: Agência Brasil

Finep vai liberar R$ 1 bilhão em crédito para empresas

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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) informou que, desde a última segunda-feira (3), empresas de qualquer local do país podem submeter propostas de projetos de inovação para obter recursos do novo ciclo de crédito descentralizado: o Inovacred.

Ao todo, serão disponibilizados R$ 1 bilhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomentar a inovação e ampliar a competitividade nacional.

Ao menos R$ 300 milhões serão destinados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Todos os projetos submetidos deverão ser contratados até 31 de dezembro deste ano.

Programa de financiamento reembolsável da Finep, o Inovacred utiliza recursos do FNDCT, sendo operado por cerca de 30 agentes financeiros no país, que estarão encarregados de avaliar, aprovar e acompanhar os projetos contratados, financiando itens como equipamentos, softwares, infraestrutura, mão de obra e serviços especializados para promover inovação em produtos, processos ou serviços em todo o território nacional.

Investimentos

“A liberação desses recursos em todo o Brasil é a materialização do compromisso assumido pela Finep e pelo governo federal de conferir robustez e regularidade nos investimentos em ciência, tecnologia e inovação no país, com oportunidades tanto nas localidades que concentram mais projetos quanto para o desenvolvimento regional”, assegura o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias.

O Inovacred segue atrativo com condições a partir de TR+6,068% a.a. e até 96 meses de prazo total, com 24 meses de carência e até 100% de participação da Finep.

Fonte: Agência Brasil

Polícia de SP faz operação contra receptação de celulares roubados

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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira (4), a fase final da Operação Mobile Strike contra uma organização criminosa especializada na receptação de celulares roubados e furtados. Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária em cidades da Grande São Paulo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as investigações revelaram que o grupo mantinha uma estrutura hierarquizada e bem definida, com divisão de funções entre os integrantes. Havia responsáveis pela subtração dos aparelhos, intermediários e revendedores que abasteciam o comércio clandestino, inclusive com remessas ao exterior. A estimativa é que o grupo movimentava de 20 a 30 celulares por dia.

Suspeitos detidos

Cerca de 110 policiais civis participam da operação. Todo o material apreendido e os suspeitos detidos estão sendo encaminhados à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

“Com base em três meses de investigação e no uso de tecnologias de monitoramento e cruzamento de dados, a Polícia Civil conseguiu mapear com precisão o funcionamento do grupo e identificar seus principais integrantes”, divulgou, em nota, a SSP. Ela ressalta que a operação foi planejada para atingir o núcleo financeiro e logístico do grupo, a fim de enfraquecer as estruturas que sustentam o comércio ilegal de dispositivos.

Fonte: Agência Brasil

STF marca julgamento de denúncia contra Eduardo Bolsonaro por coação

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, entre os dias 14 e 25 de novembro, se recebe ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no curso do processo. O julgamento será em ambiente virtual. 

Nessa fase, a Primeira Turma vai decidir se abre uma ação penal contra Eduardo, tornando-o réu. Se isso ocorrer, ainda deverá ser realizada uma instrução processual, na qual acusação e defesa terão oportunidade de apresentar suas provas e inquirir testemunhas.

Eduardo foi acusado de tentar intimidar o Supremo a arquivar a ação em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado a 27 anos e três meses por tentar um golpe de Estado, entre outros crimes relacionados. 

Segundo a denúncia, Eduardo promove abertamente uma campanha para que o governo dos Estados Unidos aplique sanções contra autoridades judiciais brasileiras, de modo a intimidá-las a não condenar seu pai. 

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Desde que foi para os Estados Unidos, em março, alegando perseguição política do seu clã, o deputado vem divulgando uma agenda de reuniões com integrantes do governo do presidente estadunidense Donald Trump. 

Neste ano, Trump decidiu impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, dando entre as justificativas o que vê como uma perseguição política a Bolsonaro. A Casa Branca também cancelou os vistos de ministros do Supremo e do procurador-geral da República, Paulo Gonet. 

Defesa

Neste caso, como Eduardo não constituiu advogado, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, ordenou que a Defensoria-Pública da União (DPU) fizesse a defesa do parlamentar. 

Na sexta-feira (31), a DPU pediu a rejeição da denúncia, argumentando que o deputado não é autor das sanções e que suas manifestações são “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

Eduardo foi denunciado junto com o jornalista Paulo Figueiredo, que constantemente o acompanha nas agendas em Washington, mas o caso dos dois acabou tendo andamentos diferentes devido à dificuldade de intimar o blogueiro, que mora nos Estados Unidos há pelo menos 10 anos. 

Na semana passada, Moraes determinou que Figueiredo seja intimado por meio de carta rogatória, procedimento mais demorado que depende da atuação em várias etapas por parte de diplomacia e do judiciário dos EUA.  

Fonte: Agência Brasil

BC muda regras para acabar com contas bancárias fraudulentas

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O Banco Central (BC) alterou regras sobre o encerramento compulsório de contas bancárias sem respaldo ou em desacordo com a regulamentação, incluindo as chamadas contas-bolsão. Elas são contas abertas por fintechs em bancos tradicionais, ou seja, operam em nome de terceiros com o objetivo de ocultar a identificação ou substituir obrigações dos clientes e podem ser utilizadas para fraudes, por exemplo.

As fintechs são empresas de inovação que se diferenciam pelo uso da tecnologia para oferecer serviços financeiros digitais. Em agosto desse ano, Receita Federal também estabeleceu que as fintechs devem estar sujeitas às mesmas regras dos bancos, no que se refere à obrigação de fornecer informações que levem ao combate a crimes, como lavagem de dinheiro.

“Quando a gente está falando de prevenção a fraude, de prevenção ao uso do sistema [financeiro] pelo crime organizado, não tem bala de prata, mas nós temos o compromisso, obviamente, de entender onde nós podemos atuar para fortalecer, continuadamente, a higidez e integridade do sistema financeiro”, disse a diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Izabela Correa.

A partir de agora, as instituições bancárias terão a obrigação de adotar critérios para identificar essas contas irregulares, como as contas-bolsão, podendo se utilizar de dados armazenados em bases públicas ou privadas. O BC explicou que, então, os bancos deverão encerrar as contas após comunicação aos clientes.


Brasília (DF) 04/07/2023  Sabatina dos economistas Gabriel Muricca Galípolo e Ailton de Aquino Santos, na comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
Brasília (DF) 04/07/2023  Sabatina dos economistas Gabriel Muricca Galípolo e Ailton de Aquino Santos, na comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Brasília (DF) 04/07/2023. Para o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos, as mudanças não são barreira para a inovação e entrada de fintechs no sistema financeiro. Foto-arquivo Lula Marques/ Agência Brasil. – Lula Marques/ Agência Brasil

O diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, ressaltou, entretanto, que há contas-bolsão legítimas, como contas de instituições de pagamento e de marketplace, por exemplo. “Essa norma para mim é uma norma de enfrentamento aos comportamentos ilícitos, quiçá criminosos, perpetrados no sistema financeiro nacional”, disse.

“A conta-bolsão, a utilização ilegal dessa prática não autorizada, eu não consigo acreditar que entidades autorizadas pelo Banco Central possam vender serviços de contas blindadas. Isto para mim é um desvirtuamento. Mas a gente também não pode demonizar o conceito de contas-bolsão”, acrescentou.

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A nova regra entra em vigor em 1º de dezembro de 2025 e a documentação relacionada às contas de encerramento compulsório deve permanecer à disposição do Banco Central por, pelo menos, 10 anos.

As novas normas sobre finalização de contas estão publicadas no site do BC: Resolução CMN nº 5.261 e Resolução BCB nº 518​.

Limite mínimo

O BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) também publicaram normas que tratam da nova metodologia de apuração do limite mínimo de capital social e de patrimônio líquido das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. O objetivo é garantir que bancos e fintechs tenham recursos suficientes para absorver riscos e operar de forma segura.

A nova regulamentação mira nas atividades efetivamente exercidas pelas instituições para definir o capital mínimo necessário, e não mais o tipo específico de instituição. Além disso, a metodologia prevê uma parcela do capital mínimo para cobrir o custo inicial da operação e os custos associados aos serviços intensivos em infraestrutura tecnológica.

Por fim, a nova regulação requer uma parcela adicional de capital às instituições que utilizem em sua nomenclatura a expressão ‘banco’ ou qualquer termo que o sugira, em português ou em outro idioma.

Os normativos entram em vigor imediatamente. No entanto, para que as instituições já em operação — ou aquelas em análise pelo BC — possam se ajustar às novas regras, foi definido o seguinte cronograma de transição que vai até dezembro de 2027.

O diretor Ailton de Aquino afirmou que as mudanças não são barreira para a inovação e entrada de fintechs, mas visam reforçar a resiliência do sistema financeiro.

“Eu não acredito numa IP [instituição de pagamento] com o capital inicial de R$ 1 milhão para fazer face à necessidade de tecnologia de contratar auditor, de montar uma boa estrutura. Eu acho que trazer este número por volta de R$ 9 milhões a R$ 32 milhões, operando com Pix, é algo que eu entendo como é bastante importante nesse momento”, disse, informando que há quase 300 IP autorizadas pelo BC a operar.

“Nós vivenciamos, nos últimos meses, situações desagradáveis no sistema financeiro nacional [como invasão e perda de valores]. Isso aqui é uma resposta, é um processo evolutivo, mas também uma resposta para isso”, reforçou. Segundo ele, por exemplo, o capital inicial de corretoras passou de R$ 245 mil para R$ 8 milhões.

Do universo de 1,8 mil entidades bancárias, cerca de 500 serão impactadas e terão que reforçar suas estruturas de capital.

As normas sobre capital social também estão no site do BC: Resolução Conjunta nº 14 e Resolução BCB nº 517.

Fonte: Agência Brasil

Moraes faz reuniões no Rio para discutir Operação Contenção

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O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, faz uma série de reuniões com autoridades do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (3), na capital fluminense. O objetivo é colher informações sobre a Operação Contenção, realizada na terça-feira passada (11), que deixou 121 mortos.

Moraes se tornou relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, mais conhecida como ADPF das Favelas, após a aposentadoria do ex-ministro Luiz Roberto Barroso. A ação estabelece regras para diminuir a letalidade policial no Rio de Janeiro. 

Pela manhã, Moraes se reuniu com o governador do estado, Cláudio Castro, e com a cúpula da Segurança Pública, no Centro Integrado de Comando e Controle. Nenhum dos participantes falou com a imprensa. 

À tarde, o ministro tem reuniões marcadas com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, o defensor público geral, Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão, e o prefeito da capital, Eduardo Paes. 

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Alexandre de Moraes ficará à frente da ADPF apenas enquanto um novo ministro não assume a vaga aberta com a saída de Barroso.

O ministro decretou neste domingo (2),  a preservação “rigorosa e integral” dos elementos materiais relacionados à Operação Contenção, que foi a incursão policial mais letal da história do estado.

Fonte: Agência Brasil

Bolsa supera os 150 mil pontos pela primeira vez e bate recorde

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Num dia de alívio para o mercado financeiro, a bolsa subiu pela nona vez seguida e fechou acima dos 150 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar teve uma pequena queda, num dia positivo para as moedas latino-americanas.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda-feira (3) aos 150.454 pontos, com alta de 0,61%. Na máxima do dia, por volta das 12h10, chegou aos 150,7 mil pontos.

Esse foi o sexto pregão seguido em que a bolsa brasileira bateu recorde. O Ibovespa acumula alta de 25,08% em 2025.

O dia também foi positivo no mercado de câmbio. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,357, com queda de R$ 0,024 (-0,42%). A cotação iniciou a sessão estável, mas caiu ainda nos primeiros minutos de negociação. Na mínima do dia, por volta das 12h, chegou a R$ 5,34.

A moeda estadunidense está no menor valor desde 8 de outubro. Em 2025, a divisa acumula queda de 13,32%.

Tanto fatores internos quanto externos influenciaram o mercado financeiro. No cenário internacional, indicadores que mostraram desempenho da economia chinesa acima do esperado contribuíram para a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), beneficiando economias emergentes como o Brasil.

No cenário doméstico, a espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira (5), contribuiu para manter a cotação do dólar em baixa. A expectativa de que o Banco Central (BC) mantenha a Taxa Selic em 15% ao ano estimula a entrada de capitais externos no Brasil.

Com os juros altos no Brasil, os investidores aproveitam a diferença em relação às taxas básicas nos Estados Unidos para investir no mercado brasileiro. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, Banco Central estadunidense) reduziu os juros básicos em 0,25 ponto percentual, para uma faixa entre 3,75% e 4% ao ano.

*Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil

Mauro Cid passa por audiência no STF e retira tornozeleira eletrônica

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, passou uma audiência nesta segunda-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) e retirou a tornozeleira eletrônica.

Durante a audiência, Cid recebeu as orientações que deverá seguir durante o cumprimento da pena de dois anos de prisão em regime aberto pela condenação na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista. O procedimento foi conduzido por Flavia Martins de Carvalho, juíza auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, Moraes determinou o início do cumprimento da condenação. Por ter assinado acordo de delação premiada durante as investigações, Cid não ficará preso.

O militar está proibido de sair de Brasília e deverá cumprir recolhimento domiciliar entre as 20h e as 6h. O recolhimento deverá integral nos finais de semana, ou seja, ele não poderá sair de casa.

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Cid também está proibido de portar armas, utilizar as redes sociais e se comunicar com investigados nos processos sobre a trama golpista.

Por ter delatado os fatos que presenciou durante o período em que trabalhou com Bolsonaro, Mauro Cid passará usufruir dos benefícios da delação, deixará de usar tornozeleira eletrônica e poderá ter escolta de agentes da Polícia Federal para fazer a sua segurança e de familiares. Os bens dele também vão ser desbloqueados.

No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais cinco réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e respondia somente a três dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os recursos de Bolsonaro e demais acusados serão julgados pela Primeira Turma da Corte a partir do dia 7 de novembro.

Matéria alterada às 15h53 para acréscimo do nome da juíza auxiliar que conduziu a audiência no STF.

Fonte: Agência Brasil

Inep prorroga inscrições de elaboradores de questões de provas médicas

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou até esta sexta-feira (7) o prazo de inscrição para professores de cursos de medicina interessados em compor o Cadastro de Elaboradores e Revisores de Itens da Educação Superior (Ceres) do Banco Nacional de Itens da Educação Superior (BNI-ES).

A chamada pública é voltada à elaboração de questões e revisão de itens para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior (Revalida) e para o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed).

A seleção prevê reserva de vagas para pretos, pardos e/ou quilombolas (20%), indígenas (3%) e pessoas com deficiência (5%), mediante autodeclaração e comprovação documental.

As inscrições podem ser feitas pelo Sistema BNI com apresentação obrigatória de documentos como diploma, declaração de docência, além da assinatura do termo de compromisso e sigilo.

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Quem pode se candidatar

Para participar, o candidato deve ter diploma de graduação em medicina emitido por instituição de ensino superior credenciada. Também é exigido título de especialização stricto sensu ou lato sensu registrado em, pelo menos, uma das seguintes áreas: 

  • clínica médica;
  • cirurgia geral; 
  • pediatria; 
  • ginecologia e obstetrícia; 
  • medicina de família e comunidade;
  • saúde coletiva ou saúde mental.

Também é necessário atuar como docente em curso de medicina e comprovar o vínculo por meio de declaração assinada pelo coordenador do curso ou representante legal da instituição de ensino superior, onde dá aulas.

O candidato não pode ser servidor do Ministério da Educação (MEC), Inep ou órgãos vinculados.

Remuneração

O Inep irá remunerar as atividades de elaboração e revisão de itens de exames e questionários por meio do Auxílio de Avaliação Educacional (AAE). O valor unitário do AAE por item elaborado será de R$ 500, e R$ 300, por item revisado técnico-pedagogicamente.

Conforme o edital com as regras da chamada pública, o resultado da preliminar da análise da documentação comprobatória será divulgado em 11 de novembro e a convocação para capacitação está agendada para 14 de novembro.

Fonte: Agência Brasil

Haddad diz esperar US$ 10 bi para fundo de proteção às florestas

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (3), em São Paulo, que o Brasil estabeleceu como meta a captação de US$ 10 bilhões em investimentos públicos dos países para o Fundo Tropical das Florestas (TFFF, na sigla em inglês). O mecanismo é voltado à proteção de florestas e que prevê que os países que preservam suas florestas tropicais serão recompensados financeiramente via fundo de investimento global.

Segundo Haddad, essa meta deve ser alcançada até o final do próximo ano, ainda durante a presidência do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes). De acordo com o ministro, esse valor seria referente a recursos destinados por governos, com o valor podendo crescer com a adesão de outros tipos de entidades, como fundações, fundos e empresas.

“Se a gente terminar o primeiro ano com US$ 10 bilhões de recursos públicos, seria um grande feito”, disse o ministro a jornalistas, depois de participar de uma série de reuniões do evento COP30 Business & Finance Forum, promovido pela Bloomberg Philanthropies, na capital paulista. 

“E para chegar a US$ 10 bilhões, bastaria que alguns países do G20 aderissem para a gente começar a remunerar os países que mantém florestas tropicais, sobretudo os que estão endividados, porque eles não têm recursos para manter as suas florestas. E o TFF viria em suporte dessa iniciativa”, acrescentou.

Haddad admitiu que essa é uma proposta “ambiciosa” mas, segundo ele, possível. “Eu acredito que nós vamos chegar lá”, falou. 

O ministro disse estar otimista com a aprovação dessa proposta. “Acredito que, das ideias originais que surgiram nos últimos anos, o TFF é o que está mais pronto para dar mais certo. Tem uma outra que é muito grande, que é a coalizão do mercado de carbono, mas que vai exigir muita engenharia para sair do papel”, falou.

O objetivo final do governo é que o fundo reúna US$ 125 bilhões, sendo 20% (US$ 25 bilhões) de países soberanos e 80% (US$ 100 bilhões) de capital privado.

COP30

Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que, nesta primeira rodada de negociação, realizada em São Paulo e da qual participaram investidores e financiadores, houve “sinais concretos de que algumas ideias podem começar a sair do papel”. Segundo ele, as reuniões realizadas hoje, junto à investidores e financiadores, indicam que há disposição para que a COP do Brasil seja um marco.

“Pelo que eu ouvi hoje dos investidores e dos financiadores, há uma disposição maior para colocar esse trem para andar mais rápido. Então, eu acredito que nós vamos ter uma grande COP”, falou o ministro. “Já temos alguns países sinalizando anúncios durante a COP”, disse ele.

Para o ministro, o Brasil vem liderando um debate muito importante no mundo sobre a questão da sustentabilidade. 

“Não só na COP, mas no G20 nós viemos liderando o debate sobre sustentabilidade, tanto é verdade que, pela primeira vez, nós temos um clube de ministros de finanças participando da COP e entregando um relatório para a COP. Isso já é fruto do trabalho que foi feito no G20”, disse ele. “O Brasil quis fazer dessa COP uma COP pragmática e propositiva”, ressaltou.

Fonte: Agência Brasil