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Guilherme Caribé é prata nos 100m livre no Mundial de piscina curta

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O nadador baiano Guilherme Caribe faturou prata no 100 metros livre, a primeira medalha do Brasil no Mundial de piscina curta (25 metros) em Budapeste (Hungria), que vai até domingo (15). De quebra, ele estabeleceu novo recorde sul-americano, que até então pertencia ao compatriota César Cielo. Na final disputada nesta quinta-feira (12), terceiro dia da competição, o atleta de 21 anos completou a prova em 45s47, tempo 40 centésimos mais baixo que o de Cielo, obtido em 2010 no  Troféu José Finkel de Natação, no Rio de Janeiro.  O vencedor dos 100m livre em Budapeste foi o norte-americano Jack Alexy (45s38) e o bronze ficou com Jordan Crooks (45s48), nadador da Ilhas Cayman.  

O pódio de Caribé é o primeiro dele em Mundiais de piscina curta. O baiano chegou à final após cravar o sexto melhor tempo (45s86) em sua semifinal. Ele vai em busca de mais uma medalha no sábado (14), na disputa dos 50m livre. O baiano de Salvador chegou a competir este ano na Olimpíada de Paris, mas foi eliminado ao ficar em 10ª lugar ao fim das semifinais – apenas os oito primeiros disputaram medalhas.

Outros brasileiros brilharam hoje em Budapeste ao quebrarem recordes sul-americanos nos 100m medley. Caio Pumputis terminou a prova em 51s76 e garantiu presença na final. Já Fernanda Celidônio estabeleceu o novo recorde com o tempo de 59s58, mas finalizou em 15º lugar e ficou fora da briga pelo pódio.

Nas eliminatórias do revezamento feminino 4x200m livre, o quarteto formado por Maria Fernanda Costa, Gabrielle Roncatto Fernanda Celidônio e Letícia Fassina Romão quebraram o recorde anterior com o tempo 7min47s97. Depois, na final, reduziram ainda mais: encerraram a prova em 7min46s76, na oitava posição.

Programação  

Provas eliminatórias às 5h

Finais às 13h30

SEXTA-FEIRA (13)

100m borboleta – Nicolas Albiero

1.500m livre – Beatriz Dizotti e Letícia Fassina Romão

SÁBADO (14)

400m medley – Gabriela Roncatto

50m livre -Guilherme Caribé

50m peito – Caio Pumputis

DOMINGO (15)

200m livre – Maria Fernanda Costa e Gabrielle Roncatto

200m livre – Kaíque Alves

200m costas – Nicolas Albiero



Fonte: Agência Brasil

Petrobras contrata estaleiros catarinenses para 12 navios de suporte

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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (12) a contratação de dois estaleiros catarinenses para a construção e afretamento de 12 embarcações do tipo Platform Supply Vessel (PSV), usadas para dar apoio marítimo abastecendo de suprimentos estruturas como plataformas de petróleo e navio-plataforma. Os contratos somam R$ 16,5 bilhões, e as empresas contratadas são a Bram Offshore e Starnav Serviços Marítimos, localizadas respectivamente em Navegantes e Itajaí. 

O anúncio foi feito pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), em Brasília. 

As embarcações são consideradas fundamentais para as operações de logística de exploração e produção da companhia até 2028. Magda Chambriard prevê que devem ser criados 11 mil empregos diretos e indiretos.

Os contratos preveem exigência de 40% de conteúdo local durante a fase de construção, e incluem um período de até 4 anos para mobilização e 12 anos de operação das embarcações.

Segundo a presidente da Petrobras, os navios atendem “aos mais elevados padrões ambientais, sociais e de governança, essenciais para um futuro sustentável”. 

Os navios contarão com um sistema propulsivo híbrido, que combina motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel e biodiesel.

Fonte: Agência Brasil

Câmara aprova fim da cobrança de roaming entre países do Mercosul

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 159/2022, que prevê o fim da cobrança da taxa adicional de roaming entre países do Mercosul. O texto segue para análise do Senado.

A proposta foi apresentada pela representação brasileira no Parlamento do Mercosul, aprovando o texto do Acordo para a Eliminação da Cobrança de Encargos de Roaming Internacional aos Usuários Finais do Mercosul, assinado pelos Estados-Partes do bloco em 17 de julho de 2019.

O objetivo, segundo parecer do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, é permitir que os usuários de telefonia celular em trânsito nas nações do bloco sejam tarifados segundo o plano contratado no seu país de origem, sem encargos adicionais.

A iniciativa vale para a comunicação tanto de voz quanto de dados durante trânsito entre os países do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Vale tanto para o país de origem do usuário quanto para o país em que se encontrar.

Ikebana

Os deputados também aprovaram o Projeto de Lei (PL) 7310/2006 que institui o Dia da Ikebana-Sanguetsu, no calendário nacional. O Dia da Ikebana-Sanguetsu será comemorado anualmente em 23 de setembro. O objetivo é difundir e celebrar a cultura dos arranjos florais, como elementos de harmonização e embelezamento dos ambientes e da convivência. A matéria vai à sanção presidencial.

Fonte: Agência Brasil

Criança baleada a caminho da escola no Rio está em estado grave

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O estado de saúde do menino de 6 anos baleado quando estava a caminho da escola, em Vila Kosmos, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, é grave, de acordo com a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas.

A criança foi baleada nesta quarta-feira (11) durante ação criminosa. Um homem foi morto na ação, Pedro Paulo Monteiro de Oliveira, de 33 anos. O caso foi registrado na 27ª Delegacia Policial, em Vicente de Carvalho, e encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento.

De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, a criança estava acompanhada do pai e de um colega quando o tiroteio começou. Os tiros eram destinados a um homem, mas acabaram atingindo o menino no peito.

Ele foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Segundo a polícia, os agentes estão em busca de testemunhas e informações para identificar a autoria dos disparos.

Com ele, 24 crianças foram baleadas no Grande Rio apenas em 2024. Ao todo, no ano, são 106 vítimas de bala perdida na região metropolitana do Rio, segundo o Instituto Fogo Cruzado.

Fonte: Agência Brasil

Fórum de Saúde Indígena debate intersetorialidade no atendimento das demandas da população

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Nesta semana, a Secretaria de Saúde (SES-DF), por meio da Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP), realizou o 6º Fórum de Saúde Indígena em Contexto Urbano do Distrito Federal. Com cerca de 120 participantes, o evento teve como objetivo promover a interação entre diferentes áreas governamentais para compreender melhor as demandas da população indígena.

“Foi um evento importante, porque contou com a participação de várias etnias indígenas que atualmente vivem no Distrito Federal, de modo coletivo ou em moradias individuais. Há muitos indígenas vivendo de forma coletiva, o que representa um desafio para as ações de saúde em todos os níveis de atenção, mas principalmente na Atenção Primária”, explica o médico e antropólogo Fernando Natal, da SES-DF.

A participação de outros setores institucionais, como a assistência social e a educação, revelou-se fundamental para compreender as demandas dessa população. No âmbito da saúde, os profissionais passaram por treinamentos para conscientização sobre as diferenças culturais, de modo a oferecer serviços de saúde de maneira adequada. “São pessoas que, em muitos aspectos, não compartilham da mesma visão dos processos de saúde e doenças que a maioria dos cidadãos brasileiros”, ressalta Natal.

De acordo com o último levantamento realizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), há cerca de 6 mil indígenas residentes no DF, sendo a maioria mulheres – aproximadamente 55,3%.

Saúde da população indígena

O GDF garante aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). As ações contemplam o espaço e o processo sociocultural dessa população, visando à superação dos agravos à saúde, sempre reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

Fonte: Agência Brasília

Caiado assina contrato para MotoGP no Autódromo de Goiânia

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Caiado assina contrato para MotoGP no Autódromo de Goiânia
Governador durante assinatura do contrato para a realização de cinco etapas da MotoGP, no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna (Foto: Lucas Diener)

O governador Ronaldo Caiado assinou nesta quinta-feira (12/12), durante solenidade no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, contrato com a empresa espanhola Dorna Sports e a Brasil Motorsport para a realização de cinco etapas da MotoGP.

Após mais de 20 anos, o maior campeonato de motovelocidade do mundo volta ao Brasil e será realizado no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna, de 2026 a 2030.

“Para nós é um momento de muito orgulho porque Goiás vai assistir algo que apenas alguns países do mundo têm chance. Este será o evento mais organizado e faremos algo que ficará na história”, projetou o chefe do Executivo goiano, Ronaldo Caiado. “O autódromo vai ficar a coisa mais linda para recepcionar a todos com segurança. Vamos promover uma das festas mais lindas do Brasil”, enfatizou.

MotoGP investimentos

Caiado anunciou ainda que devem ser investidos aproximadamente R$ 50 milhões em adequações para atender aos padrões internacionais exigidos pela competição, com recuperação da pista, área de box e estrutura de arquibancadas do autódromo, que foi palco da categoria entre 1987 e 1989.

“Faremos aqui algo que seja uma referência em termos de qualidade. E, ao mesmo tempo, isso vai gerar para o Estado em torno de R$ 150 milhões em ICMS. Será um autódromo à altura de recepcionar o maior evento do mundo em moto velocidade”, finalizou.

“É um evento extraordinário que teremos aqui em Goiás, e que fará de Goiânia, em 2026, a capital do Brasil, porque muitos brasileiros virão para o nosso estado prestigiar esse momento extraordinário do esporte brasileiro e mundial”, afirmou o vice-governador Daniel Vilela, ao comentar o empenho do Governo de Goiás em trazer grandes eventos esportivos para o Estado. “Acreditamos no esporte como uma ferramenta de promoção social e de crescimento econômico”, salientou.

O CEO da Brasil Motorsport, Alan Adler, ressaltou que “a MotoGP está voltando para casa aqui no Brasil, onde tudo começou há 37 anos”. Ele ressaltou a movimentação econômica que o evento gera para o estado. “A gente sabe da importância que esse evento tem em termos de geração de renda e emprego e, acima de tudo, projetando a imagem de Goiás para o mundo inteiro”, comentou.

“Para nós, é um evento muito especial, mas não é só por causa do importante impacto econômico para Goiânia. Mas porque sabemos que Goiás é o estado mais seguro do Brasil, onde a educação e a cultura são as melhores”, afirmou o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta. Já o diretor esportivo da Dorna Sports, Carlos Ezpeleta, destacou a segurança e o traçado da pista.

“O autódromo por si só possui ótimas instalações e o layout clássico da pista proporciona boas velocidades e permite que os fãs vejam as curvas dos seus assentos. Tenho certeza que será um evento muito legal tanto na pista como fora dela”.

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, “esse é o maior evento de toda a história do Estado de Goiás”. Para ele, o circuito de Goiânia, dentre todas as etapas do mundo, é o mais rápido da MotoGP por conta do traçado do autódromo.

“É importante para Goiânia essa etapa da motovelocidade. A qualidade do nosso autódromo foi um fator fundamental para conseguirmos trazer essa etapa para cá”, comentou.

O secretário de Esporte e Lazer, Rudson Guerra, citou quais melhorias serão realizadas no espaço.

“A partir de primeiro de janeiro estaremos trabalhando com intervenções na pista, como a instalação de proteções, instalação de banheiros famílias, substituição de áreas de escape. Iremos trabalhar também na torre de comando, posto médico, camarotes, visando dar qualidade aos mais de 100 mil torcedores que estarão aqui para acompanhar a MotoGP”.

Eric Granado, piloto brasileiro que disputa a categoria MotoE no Mundial e a SuperBike, resume:

“Goiânia possui o melhor autódromo brasileiro para motovelocidade. Vai ser um show”. Diogo Moreira, considerado a melhor revelação da Moto2 em 2024, elogiou a volta da categoria para o Brasil. “Estou seguro de que o evento vai ser um sucesso. E vai ajudar a formar novos pilotos brasileiros”, disse.

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Fonte: Portal Goiás

Goiás lança Campanha contra Dengue, Zika e Chikungunya

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Goiás lança Campanha contra Dengue, Zika e Chikungunya
Campanha contra o Aedes tem como tema: “O combate à Dengue não pode tirar férias” (Foto: SES)

O Governo de Goiás lançará nesta sexta-feira (13/12) uma campanha para a televisão e rádio sobre os cuidados para evitar criadouros com o mosquito da dengue durante as férias. Com o tema “O combate à dengue não pode tirar férias”, a campanha mostra que a melhor forma de combater o Aedes é evitar que ele nasça.

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta para o período chuvoso, que é propício para a reprodução do mosquito, e o período de férias, pois muitas pessoas viajam e deixam casas e quintais sem manutenção.

Segundo dados dos painéis de vigilância epidemiológica, a partir da semana epidemiológica 44, correspondente ao período de 27/10 a 2/11 já é possível notar aumento médio de 10% na quantidade de casos notificados.

Campanha Dengue, Zika e Chikungunya

Na semana 44, foram 1.186 casos notificados de dengue em Goiás, já na semana 45 foram 1.339 casos, aumento de 13%. A média de aumento dos casos nas semanas posteriores é de cerca 10%. O alerta para o combate ao Aedes é importante pois ele causa outras doenças como a chikungunya e zika.

O Estado de Goiás apresenta até o momento, 313.665 casos confirmados, 414 óbitos confirmados e 47 em investigação. O ano de 2024 foi o pior da série histórica para a dengue em todo o país. Todo tipo de recipiente que possa acumular água, seja dentro das casas, nos quintais, lotes baldios e lixões, deve ser acondicionado em sacos apropriados, fechados corretamente e colocados para a coleta.

O lixo descartado de forma incorreta já é identificado como um dos principais focos do mosquito no verão em Goiás. O secretário da Saúde de Goiás, Rasivel Santos, destaca a importância da atuação de todos no combate ao Aedes.

“Recentemente, na edição do Conecta Prefeitos em 18 de novembro, o governador Ronaldo Caiado pediu apoio aos gestores municipais na luta contra o mosquito. As gestões que se encerram e as que se iniciam devem estar empenhadas para que a situação de 2024 não se repita. Precisamos da atuação de todos: poder público e população. As campanhas ajudam no engajamento das pessoas nessa luta”, finaliza.

Outro importante alerta é a importância da segunda dose da vacina contra a dengue. Em Goiás, atualmente a vacina está disponível para a faixa etária de 6 a 16 anos. Até o momento, foram aplicadas no estado um total de 348.921 doses da vacina contra a dengue na faixa etária de 4 a 59 anos de idade, sendo 263.697 como 1ª dose e 85.224 como 2ª dose.

Desse grupo elegível ainda não retornaram para tomar a 2ª dose 127.675 ( 59,97%). Na faixa etária de 10 a 14 anos, 199.399 foram vacinadas. Destes, 147.239 tomaram a 1ª dose e 52.160 tomaram a 2ª dose. Desse grupo elegível ainda não retornaram para tomar a 2ª dose 76.135 ( 59,34%).

Link com as campanhas desenvolvidas pelas SES-GO: https://goias.gov.br/saude/campanhas-da-saude/

Serviço
Evento: Lançamento de campanha publicitária contra a Dengue, Zika e Chikungunya
Data e horário: 13/12/2024, às 8h30
Local: Sala 3 do Conecta SUS
Endereço: Secretaria da Saúde de Goiás. Av. SC 1, 299 – Parque Santa Cruz, Goiânia

Secretaria da Saúde – Governo de Goiás

Fonte: Portal Goiás

IBGE projeta crescimento de 5% na produção goiana de grãos

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Alta pode ser atribuída, principalmente, ao aumento na produção de soja (10,9%) e trigo (36,2%) (Foto: Wenderson Araújo/CNA)

Produção goiana de grãos – Goiás deve produzir 32,1 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025, valor 5% ou 1,6 milhão de toneladas maior do que a safra obtida em 2024. A alta pode ser atribuída, principalmente, ao aumento na produção de soja (10,9%) e trigo (36,2%), que devem atingir, respectivamente, 18,8 milhões e 142 mil toneladas.

Os dados integram o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2025, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgado nessa quinta-feira (12/12).

Além produção goiana de grãos, o novo relatório projeta um desempenho positivo de outras culturas, com perspectiva de expansão do volume cultivado de banana (6,7%), cana-de-açúcar (12,1%), laranja (3,4%) e mandioca (40,2%).

“Esse crescimento contribui enormemente para a diversificação da nossa produção agrícola, o que fortalece cada vez mais o nosso agro e o nosso estado. Os resultados refletem em uma maior disponibilidade de alimentos para a população, o que tem impactos tanto na área nutricional quanto econômica”, observa o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende.

Ainda segundo a previsão, a área total colhida na safra 2025 deve ter um aumento de 0,4% com relação a 2024.

LSPA

O IBGE divulgou também o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referente a novembro de 2024, que aponta crescimento de 50% na produção de arroz e de 38,8% na de tomate, em relação a 2023.

Outras estimativas positivas incluem o aumento do volume colhido, neste ano, de algodão herbáceo (17,9%), girassol (12,3%), soja (1,4%), sorgo (11,7%), batata inglesa (9,9%), café arábica (5,8%) e laranja (3,3%).

Saiba mais

Agro responde por 87% das exportações de Goiás

Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

Fonte: Portal Goiás

CLDF comemora aniversário de Água Quente nesta quinta (12)

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal, celebrou na manhã desta quinta-feira (12/12) o segundo aniversário de Água Quente. Realizado na sede da Administração Regional, o evento, de autoria do deputado Jorge Vianna (PSD), prestigiou a comunidade local e debateu ações necessárias para ampliar o desenvolvimento da região.

Localizada na divisa com Goiás e, anteriormente, considerada parte do Recanto das Emas, Água Quente foi oficializada Região Administrativa do Distrito Federal em 21 de dezembro de 2022 pela Lei 7.191. Segundo Vianna, desde sua criação, a região enfrenta diversos desafios relacionados à infraestrutura e à prestação de serviços públicos. 

O parlamentar também destacou ter destinado mais de 5 milhões em emendas parlamentares para o planejamento urbano de Água Quente. “Desde 2022, a região está no Diário Oficial, no mapa e nas placas. Água Quente já é conhecida e reconhecida em todo território do DF. Esse aspecto simbólico não pode ser negligenciado”, frisou Vianna.

 

 

Vianna também firmou compromisso de expandir o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos, instituído pela Lei 7.308/23, até Água Quente. O projeto tem objetivo de promover saúde e bem-estar a população idosa da região, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e a redução dos custos com a saúde pública.

Daniel Radar, representante da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), também anunciou investimento na construção de um complexo educacional em Água Quente, que incluirá um Centro de Educação da Primeira Infância, uma escola classe, um jardim de infância e um centro educacional. “Este ano, a senadora já aprovou, através de emendas de bancada, R$ 26 milhões de reais para iniciar esse projeto para região de Água Quente”, afirmou. 

 

Educação

 

 

Mariana Ayres Fonseca Neta, coordenadora regional de ensino do Recanto das Emas, destacou as dificuldades educacionais da região, mas também enalteceu as conquistas recentes. Ela também enfatizou a necessidade de construção de mais unidades escolares em Água Quente para que os alunos não precisem se deslocar para regiões administrativas vizinhas a fim de ter acesso à educação.

“Ainda não está da forma que gostaríamos, mas não podemos deixar de reconhecer o que já avançamos na cidade. Quando cheguei aqui tínhamos três escolas. Hoje nos temos uma creche e mais uma escola que foi inaugurada este ano. Agora, estamos com a autorização e aprovação para construção das demais escolas”, pontuou.

Vianna, ainda, reforçou a importância de atender às necessidades educacionais de todas as crianças, especialmente daquelas com neurodiversidade. Durante o evento, ele ressaltou a aprovação do projeto que permitirá a realização de laudos nas escolas públicas do DF, facilitando o diagnóstico e o acompanhamento de alunos atípicos. 

Fonte: Agência CLDF

Chefe de missão da ONU: Síria não deve repetir caos ocorrido na Líbia

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O presidente da Comissão das Nações Unidas (ONU) que investiga a guerra da Síria há 13 anos, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, avalia que não há, neste momento, condições de fazer previsões sobre o futuro da Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad.

“Não é possível fazermos exercícios de astrologia política. Nada pode ser previsto com segurança sobre o que vai acontecer na Síria nas próximas semanas”, afirma o presidente da Comissão Independente Internacional de Investigação da ONU.

Paulo Sérgio Pinheiro pondera, entretanto, que a situação do país do Oriente Médio não deve repetir o que aconteceu na Líbia, que se tornou ingovernável e dividida em pequenos territórios dominados por milícias armadas após a queda do regime de Muammar Gaddafi, em 2011.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Pinheiro também avalia como improvável que a Síria venha a se tornar uma espécie de Afeganistão governado pelo Talibã, um tipo de administração fundamentalista islâmica mais extrema, ainda que parte dos grupos insurgentes da Síria seja oriundo de grupos como a Al Qaeda.

Na entrevista, ele também alerta que a situação humanitária na Síria é a pior possível e descreve as violações de direitos humanos dos últimos 13 anos, incluindo a situação das minorias étnicas e religiosas.

Vivendo na capital paulista, Pinheiro lidera cerca de 25 investigadores da ONU, em Genebra, na Suíça, onde ele passa longos períodos. Em 13 anos de guerra na Síria, a comissão produziu 45 relatórios sobre a situação do país, realizando viagens a capitais de países do Oriente Médio envolvidos no conflito.

Pinheiro também foi ministro da Secretaria de Direitos Humanos durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e membro da Comissão Nacional da Verdade (CNV) durante o governo de Dilma Rousseff.

Confira a íntegra da entrevista:

Agência Brasil: Há certo otimismo com o fim do regime de Bashad al-Assad, e os insurgentes que tomaram o poder afirmam que agora a Síria será livre. O senhor acredita que esse otimismo tem razão de ser?
Paulo Sérgio Pinheiro: Não é questão de otimismo. A realidade para a população síria é que seus interesses, durante os últimos 13 anos de guerra, jamais foram levados em conta por nenhuma das partes envolvidas no conflito. Lembrando que são 7 milhões de refugiados deslocados internamente, dentro do país, isso em uma população de 25 milhões, sendo 90% vivendo abaixo da linha da pobreza.

É uma reação extremamente compreensível a sensação de alívio de uma população que sofreu prisões arbitrárias, desaparecimentos e falta de informação sobre os seus parentes durante esses 13 anos de guerra.

Nós nunca tomamos posição a favor ou contra porque a nossa única preocupação é a defesa dos direitos humanos e das vítimas. De qualquer maneira, nós temos que tomar nota dessa natural reação da população síria, ainda que nós não engrossemos o coro da celebração da vitória por parte da antiga organização não estatal ligada à Al Qaeda que tomou o poder. Ainda bem que, desde 2017, o HTS na Síria rompeu com a Al Qaeda. [HTS é o Hay’at Tahrir al-Sham, ex-braço da Al Qaeda e principal grupo insurgente que derrubou Assad].

Agência Brasil: Como você e sua equipe receberam a notícia de queda do regime de Assad?
Pinheiro: A queda de Assad não foi uma total surpresa porque, desde o começo de novembro, nós notamos uma intensificação das lutas do HTS. Ele havia intensificado os combates com as forças armadas sírias, mais do que o habitual na região de Idlib, onde é a província até então governada pelo HTS.

Ao mesmo tempo, começamos a notar no interior da Síria a intensificação dos apelos da Turquia e de alguns comandos militares das forças armadas da Síria para que o presidente Assad entrasse em um acordo com esses grupos. Ou seja, estava no horizonte alguma mudança brusca, alguma rebelião, que de fato aconteceu.

Agência Brasil: Enxerga o risco de a Síria virar uma nova Líbia?
Pinheiro: Não dá para comparar a situação da Síria com a Líbia, que era um estado totalmente falido. Apesar de todas as dificuldades do governo da Síria, era um estado que funcionava, ainda que com enormes limitações.

Além disso, a inserção na geopolítica da Síria é muito diferente da Líbia. A Líbia era muito marginal. A Síria, não. Ela era o ponto forte da resistência à pretensão de domínio do Estado de Israel. Era um dos exércitos em armas convencionais mais bem dotados da região e era considerado um bastião contra a agressividade de Israel.

Então, não dá para achar que vai acontecer algo como na Líbia. Vai ser diferente. Nem vai acontecer como no Afeganistão. Os talibãs estão numa outra galáxia do conservadorismo, da leitura literal da religião muçulmana, do desprezo pelas mulheres. Tudo isso é muito diferente da Síria.

Agência Brasil: Como está a situação humanitária da sociedade síria após 13 anos de guerra?
Pinheiro: A situação humanitária é a pior possível porque o orçamento da ajuda humanitária previsto para 2024 foi apenas 23% que havia sido prometido pelos doadores. O acirramento da repressão no governo Bashar al-Assad, depois de uma tentativa de abertura da Primavera Árabe, foi terrível, tanto que 90% da população, como eu disse, estão abaixo da linha da pobreza, não só pela responsabilidade do governo passado, mas também pelo pouco caso das partes do conflito e dos Estados-Membros da ONU envolvidos de atenderem de alguma maneira as necessidades fundamentais da população síria.

Ao invés disso, algumas potências ocidentais resolveram insistir em agravar as sanções econômicas que se abatem basicamente sobre a maioria pobre da população e não sobre as elites que sempre conseguem se safar.

Agência Brasil: Os relatórios da Comissão de Inquérito sobre a Síria relatam uma série de violações de direitos humanos, tanto por parte das forças pró-Assad, como por parte dos ditos rebeldes. A que tipo ou padrões de abusos a sociedade síria foi submetida nesse período?
Pinheiro: A população síria foi submetida às violações mais graves dos direitos humanos, que são as execuções sumárias, as prisões arbitrárias, a tortura nas suas mais diferentes formas que nós conhecemos nas ditaduras brasileiras e em outros países da América Latina. Celas superlotadas, sem acesso à alimentação, à água, enfim, tudo que nós conhecemos que uma ditadura pode fazer em relação à sua população. Além disso, calculam-se por volta de 100 mil os desaparecidos, dos quais o governo deu pouquíssima informação às famílias.

O dia a dia da população síria estava submetido a ondas de repressão autoritárias com a total garantia da impunidade porque a Justiça síria jamais exigiu contas das autoridades que cometiam essas graves violações de direitos humanos que ocorreram de forma sistemática nesse período.

Agência Brasil: A Síria é um país com uma população majoritariamente sunita. Como você avalia que vai ficar a segurança das minorias xiita, alauita, curda e cristã no novo cenário em que grupos originalmente de ideologia jihadista assumem o poder? Nos anos da guerra, como essas minorias foram tratadas pelos grupos insurgentes?
Pinheiro: A ditadura que antecedeu a do presidente Bashar al-Assad foi capaz de manter um equilíbrio com as diversas correntes religiosas, desde os cristãos até os sunitas. O presidente Assad no começo da sua administração teve algum êxito nisso, depois esse equilíbrio se tornou mais precário.

Mas, depois do genocídio do Estado Islâmico contra as populações cristãs, essa minoria se sentia protegida pelo governo Assad. Isso era um fato concreto. Não quer dizer que havia liberdade de culto, que não havia nenhuma repressão à pregação religiosa, mas era uma situação extremamente diferente, por exemplo, do genocídio praticado pelos jihadistas pelo califado do Estado Islâmico.

A nova administração, sob a liderança do HTS, tem repetido que não vai haver retaliações contra os alauitas, que é o grupo que mais participava do governo, e que as outras crenças também não vão ser perseguidas. Agora, resta saber se isso vai ultrapassar essa primeira semana de comemorações.

Por enquanto, nós não temos visto o que ocorria no genocídio do Estado Islâmico. Mesmo na administração de Idlib, apesar da prática de graves violações aos direitos humanos, não houve uma perseguição sistemática a grupos de outras religiões. Mas as manifestações de oposição e de crítica foram reprimidas, mas nada tão sistemático como o Estado Islâmico fez.

Agência Brasil: É possível fazer alguma previsão do como ficará a Síria após esses mais de 50 anos do regime liderado pela família Assad?
Pinheiro: Não é possível fazermos exercícios de astrologia política. Nada pode ser previsto com segurança sobre o que vai acontecer na Síria nas próximas semanas. Não há nem garantia de instabilidade, apesar de toda a cooperação que o Estado de Israel está dando [para um cenário instável], primeiro se apropriando uma faixa de 400 quilômetros quadrados do território da população síria-árabe. Israel invadiu essa faixa que separava as Colinas do Golã, ocupadas ilegalmente por Israel por mais de 50 anos.

Então, ninguém tem condições de fazer previsões. A lição é acompanhar com o maior realismo possível, com o maior número possível de informações, e aí entendermos o que está passando.


mapa Síria
mapa Síria

 

Fonte: Agência Brasil