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Mariana D’Andrea conquista prata no Mundial de Halterofilismo

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A brasileira Mariana D’Andrea garantiu a primeira medalha do Brasil no Mundial de Halterofilismo paralímpico que está sendo disputado no Cairo (Egito). Com a marca de 141 quilos, a paulista levou uma prata na categoria até 73 quilos nesta segunda-feira (13).

A medalha de ouro nesta disputa ficou com a chinesa Tan Yujiao, que levantou 146 quilos, enquanto a nigeriana Ani Chiamaka garantiu o bronze, com a marca de 140 quilos.

“Saio daqui com a consciência tranquila. Dei o meu melhor. A gente queria muito essa medalha de ouro, treinamos muito para isso. Mas agora isso serve de motivação para eu treinar ainda mais daqui para frente”, declarou Mariana D’Andrea.



Fonte: Agência Brasil

"Antes tarde do que nunca", diz Lula sobre fim do conflito em Gaza

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Ao comentar o atual momento de cessar-fogo na Faixa de Gaza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nessa segunda-feira (13) que há muitas possibilidade para que o acordo entre Israel e o grupo palestino Hamas se torne definitivo.

“Antes tarde que nunca. Finalmente, parece que se encontrou uma saída para o conflito entre Israel e os palestinos. Me parece que há muitas possibilidade de o acordo ser definitivo. Acho que isso é muito importante.”

“Não se vai devolver a vida dos milhões que morreram, mas se devolve, pelo menos, o direito de as pessoas dormirem tranquilas, sem medo de uma bomba, sem medo de um prédio cair. As pessoas não vão mais ser perseguidas”, completou.

Durante coletiva de imprensa em Roma, Lula classificou a trégua como um “passo importante” para o fim do conflito. “Uma coisa que não deveria ter acontecido, mas aconteceu. E que poderia ter sido resolvida mais cedo, mas não foi resolvida”.

“Acho que foi resolvida agora. É motivo de alegria saber que o povo palestino e o povo de Israel vão viver em paz agora”, concluiu.

Relação com Israel

Questionado se o cessar-fogo abre espaço para o Brasil melhorar suas relações com Israel e, eventualmente, indicar um embaixador para o território israelense, Lula respondeu que “o Brasil não tem problema com Israel”.

“O Brasil tem problema com o [primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu. Na hora em que Netanyahu não for mais governo, não haverá nenhum problema entre Brasil e Israel, que sempre tiveram uma relação muito boa.”

“Não sei se [o cessar-fogo] é definitivo ou não, mas estou feliz porque é um começo muito promissor. O fato de o presidente [dos Estados Unidos Donald] Trump ter ido a Israel, ao Parlamento, ter falado é um sinal muito importante”, completou.

“Espero que aqueles que ajudaram Israel na sua posição de virulência agora ajudem a ter uma paz definitiva. Acho que todo mundo vai ficar feliz”, concluiu.

 

Fonte: Agência Brasil

Dólar cai para R$ 5,46 com alívio nas tensões entre EUA e China

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O arrefecimento das tensões entre os Estados Unidos e a China permitiu um dia de recuperação no mercado financeiro. O dólar caiu quase 1%, após encerrar a semana passada em R$ 5,50. A bolsa de valores subiu, depois de duas quedas seguidas, e retomou os 141 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (13) vendido a R$ 5,462, com queda de R$ 0,041 (-0,75%). A cotação operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 15h, chegou a R$ 5,44.

Apesar da queda desta segunda, a moeda estadunidense sobe 2,61% em outubro. Em 2025, a divisa cai 11,62%. O euro comercial teve forte queda, recuando 1,14% e fechando em R$ 6,31.

O mercado de ações teve um dia de alívio. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 141.783,36 pontos, com alta de 0,78%. Os destaques foram ações de siderurgia, de petroleiras e de mineradoras, setores que exportam bastante para a China.

A recuperação veio na esteira de declarações conciliatórias do presidente estadunidense, Donald Trump. Durante o fim de semana, Trump sinalizou a intenção de reduzir atritos comerciais com a China, revertendo a ameaça de tarifas de 100% sobre produtos chineses, inicialmente anunciada na sexta-feira (10).

Em entrevista ao canal Fox News, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, reforçou o otimismo ao confirmar a reabertura do diálogo entre as autoridades dos dois países.

No mercado de câmbio, o real foi a segunda moeda emergente que mais se valorizou na segunda, perdendo apenas para o rand sul-africano. A atuação do Banco Central, que vendeu US$ 5 bilhões em leilão para rolagem de vencimentos de contratos futuros de câmbio, ajudou a conter a volatilidade.

Fonte: Agência Brasil

Ex-presidente do INSS se nega a responder perguntas de relator da CPI 

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O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto se negou a responder as perguntas do relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que analisa os desvios em descontos de aposentados e pensionistas, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), nesta segunda-feira (13). 

A negativa gerou um impasse e a reunião foi suspensa para tratativas do presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG) com a defesa da testemunha.

Um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux deu a Stefanutto o direito de não ser obrigado a responder a perguntas que possam incriminá-lo. No relato inicial, Stefanutto abordou o seu trabalho na direção da autarquia, enumerando as medidas tomadas para resolver problemas como a fila para análise de benefícios e os desvios relacionados a descontos associativos de aposentados e pensionistas.

“Os servidores do INSS são heróis, porque entregam um serviço que, via de regra, ninguém reconhece”, disse o ex-presidente do INSS, referindo-se às ações de auditoria para investigar os descontos. 

“Não há, nessa gestão, algum ponto que possam falar disso. E se formos falar do desconto associativo estou pronto para responder todas as perguntas, desde que elas não sejam feitas de forma desrespeitosa”, finalizou.

Na sequência, o relator iniciou as perguntas, questionando quando a testemunha começou a trabalhar no serviço público. Stefanutto se recusou a responder.

“Responderei a todos os parlamentares, menos as perguntas do relator”, afirmou. A pergunta que o relator está fazendo é um julgamento prévio que não vou responder, isso é um julgamento meu”, acrescentou.

Gaspar disse que a negativa poderia ensejar um pedido de prisão. “Calar uma pergunta não incriminatória cabe o flagrante de falso testemunho”, defendeu.

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Após um recesso de alguns minutos, os trabalhos foram retomados, com o entendimento de que as perguntas não incriminatórias seriam respondidas.  Gaspar retomou os questionamentos, com a mesma pergunta . 

Stefanutto respondeu afirmando que a pergunta era dúbia, uma vez que ele já tinha prestado serviço militar e atuado em outros órgãos.

“Entrei no serviço público em 1992. Na Receita Federal, fui técnico por bastante tempo e trabalhei durante um tempo no gabinete do Superintendente, não recordo o nome, pois faz tempo. Depois fiz a prova para procurador autárquico do INSS em 1999 e ingressei em 2000”, respondeu Stefanutto detalhando os cargos que ocupou.

Alessandro Stefanutto foi exonerado do cargo em abril, logo após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União, revelar as fraudes contra aposentados e pensionistas. Na reunião desta segunda-feira, também está previsto o depoimento do ex-diretor de Benefícios do órgão André Paulo Félix Fidelis.

Fonte: Agência Brasil

Chuvas e ventos causam estragos em diversos municípios paulistas

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A frente fria que chegou ao estado de São Paulo trouxe instabilidades, fortes chuvas e rajadas de vento que provocaram danos em municípios paulistas nesta segunda-feira (13).

Segundo balanço divulgado no início da noite pela Defesa Civil, alguns municípios, como Araçatuba e São José do Rio Preto chegaram a registrar ventos acima de 60 quilômetros por hora (km/h). Não há registros de feridos.

Na capital paulista, por exemplo, os ventos chegaram a alcançar 54,8 km/h na região norte e 51,9 km/h na região do Aeroporto de Congonhas, na zona sul.

Os dados são do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura paulistana.

Esses fortes ventos, informou a Defesa Civil, provocaram quedas de árvores tanto na capital paulista quanto em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

Em Embaúba, cidade localizada na região noroeste do estado de São Paulo, também foram registradas quedas de árvores.

Em Bauru, o grande volume de chuva provocou alagamentos na região central e também no bairro Vila São Francisco. Na Rua Alfredo Maia, o entupimento do sistema de drenagem causou o acúmulo de água e dois veículos ficaram encalhados ao tentar atravessar o local.

Já na Rua Benevenuto Tiritan, o sistema de drenagem não suportou o volume da chuva e a via precisou ser interditada temporariamente até o escoamento total da água. Também houve registro de alagamento na Avenida das Nações Unidas.

Já em Birigui, o transbordamento de um rio nas imediações do Lago da Raquete, no Parque do Povo, provocou pontos de alagamento nas vias próximas.

Em São José do Rio Preto, a chuva acompanhada de fortes rajadas de vento causou quedas de árvores e danos estruturais. Pela Rua Marechal Deodoro da Fonseca, na região central da cidade, a janela de uma sala comercial se desprendeu e caiu sobre a rua, levando à interdição do local.

Na Rua Sérgio Gárcia, no bairro São Miguel Arcanjo, uma árvore tombou sobre um veículo estacionado. Também foram registradas quedas de outras oito árvores sobre vias e uma sobre um poste de energia.

 


Fonte: Agência Brasil

STF marca para dezembro julgamento do Núcleo 2 da trama golpista

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para dezembro o julgamento dos réus do Núcleo 2 da trama golpista ocorrida durante o governo Jair Bolsonaro. O julgamento foi agendado para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro.

O Núcleo 2 é formado por seis réus, que são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de organizar ações para sustentar a tentativa de permanência ilegítima de Bolsonaro no poder, em 2022.

Os acusados respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

São réus do Núcleo 2:

  • Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro);
  • Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro);
  • Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal);
  • Mário Fernandes (general do Exército);
  • Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal);
  • Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário adjunto da Secretaria de Segurança do Distrito Federal)

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Outros núcleos

Até o momento, somente o Núcleo 1, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi condenado.

Além do núcleo 2, serão julgados ainda neste ano os núcleos 3 e 4. O julgamento do Núcleo 4 será iniciado amanhã (14). O grupo 3 começará a ser julgado no dia 11 de novembro.

O Núcleo 5 é formado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele mora dos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo. Dessa forma, não há previsão para o julgamento.

Fonte: Agência Brasil

Ancelotti diz que seleção brasileira ainda está aberta a experiências

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Um dia antes da partida contra o Japão, o técnico italiano Carlo Ancelotti afirmou, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (13), que os jogadores da seleção brasileira devem atuar considerando que a equipe ainda está em um momento de experimentação para a Copa do Mundo de 2026, inclusive de sistemas de jogo.

“Os jogadores que estão aqui estão com motivação e têm que pensar que podem jogar. Um pouco de concorrência no time é bom para a motivação de cada jogador. Ter um time bem definido para a Copa do Mundo [é bom], isso é óbvio, mas acho que nesse momento avaliar como trabalham diferentes sistemas é uma boa solução”, declarou o comandante do Brasil, que enfrenta o Japão a partir das 7h30 (horário de Brasília) da próxima terça-feira (14) no Estádio de Tóquio.

Seguindo essa ideia, o técnico italiano deve mandar a campo uma equipe muito diferente daquela que goleou a Coreia do Sul por 5 a 0 na última sexta-feira (10). Sai o esquema 4-2-4 e entra o 4-3-3 com a seguinte formação inicial: Hugo Souza; Paulo Henrique, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo e Carlos Augusto; Casemiro, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Vinicius Júnior e Gabriel Martinelli.

Mais uma vez, Ancelotti deixou claro que pretende fazer da seleção brasileira não apenas uma equipe que se destaque pelos lances de beleza plástica, mas também que seja marcada pelo empenho e comprometimento dos jogadores.

“A seleção brasileira quer jogar um futebol bonito, e eu creio que pode jogar um futebol bonito sim. Mas é preciso ter em conta o que se entende por um futebol bonito. O futebol bonito é, obviamente, a qualidade individual que todo jogador do Brasil tem. Mas o compromisso coletivo também é jogo bonito. Jogo bonito não é apenas com bola. Jogo bonito também é sem a bola, porque é um aspecto muito importante do jogo”, concluiu.



Fonte: Agência Brasil

Inep abre inscrições para médicos elaboradores de questões de provas

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abriu, nesta segunda-feira (13), as inscrições para cadastro de médicos elaboradores e revisores de itens de duas avaliações da formação médica: o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituições de Educação Superior (Revalida) e o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). 

A seleção prevê reserva de vagas para pretos, pardos e/ou quilombolas (20%), indígenas (3%) e pessoas com deficiência (5%), mediante autodeclaração e comprovação documental.

Inscrições

As inscrições devem ser feitas no Banco Nacional de Itens da Educação Superior (BNI-ES) até 31 de outubro, exclusivamente pelo Sistema BNI, com apresentação obrigatória de documentos (diploma, declaração de docência), além da assinatura do termo de compromisso e sigilo.

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Requisitos

Para participar, o candidato deve ter diploma de graduação em medicina emitido por instituição de ensino superior credenciada.

Também é exigido título de especialização (stricto sensu ou lato sensu) registrado em, pelo menos, uma das seguintes áreas: clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, saúde coletiva ou saúde mental.

Além disso, é necessário atuar como docente em curso de medicina e comprovar o vínculo por meio de declaração assinada pelo coordenador do curso ou representante legal da instituição de ensino superior, onde dá aulas.

O candidato não pode ser servidor do Ministério da Educação (MEC), Inep ou órgãos vinculados.

Valores

O Inep irá remunerar as atividades de elaboração e revisão de itens de exames e questionários por meio do Auxílio de Avaliação Educacional (AAE).

O valor unitário do AAE por item elaborado será de R$ 500; e R$ 300, por item revisado técnico-pedagogicamente.

Cronograma

O resultado da preliminar para análise da documentação comprobatória da inscrição será divulgado em 11 de novembro e a convocação para capacitação está agendada para 14 de novembro.

O edital com as regras da chamada pública e os prazos deste processo de seleção foi publicado nesta segunda-feira (13), no Diário Oficial da União.

Fonte: Agência Brasil

Identificados autores de incêndios florestais

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Identificados autores de incêndios de quase 90 mil hectares
Semad já abriu 80 processos administrativos para responsabilizar por incêndios florestais (Foto: Bombeiros)

Pelo menos 30 proprietários rurais devem ser autuados por provocar incêndios florestais na região da APA de Pouso Alto. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informa que, de 1º de janeiro a 12 de outubro, as queimadas consumiram 89,8 mil hectares na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto, na região Nordeste de Goiás.

Há casos em que uma única pessoa pode ser multada em R$ 50 milhões (veja no fim do texto como funciona a dosimetria da multa). Todas os dados produzidos na operação são apurados pelos analistas ambientais da secretaria. Cabe lembrar que há municípios, como Cavalcante e Teresina, que estão apenas parcialmente dentro da APA.

Segundo a Polícia Civil de Goiás, mais de 15 pessoas forma detidas nas últimas semanas, no estado inteiro, em razão do uso irregular do fogo. A Polícia Militar, por sua vez, informou que está efetuando uma média de duas a três detenções em flagrante por semana (também no estado inteiro).

A Semad ainda informa que, no estado inteiro, já abriu aproximadamente 80 processos administrativos com objetivo de responsabilizar quem deu causa a incêndios florestais em 2025.

Operação incêndios

No dia 6 último, a Semad deu início a uma operação (em parceria com o Corpo de Bombeiros e as polícias Civil e Militar) para responsabilizar propriedades ou empresas que deram causa a esses incêndios florestais no nordeste goiano. A Semad gerou imagens de satélite para encontrar os pontos de ignição e, posteriormente, está indo a campo para validar as informações.

Parque nacional e parques estaduais

A APA do Pouso Alto abrange três grandes parques, dois estaduais (Parque Águas do Paraíso e Estação Ecológica de Nova Roma) e um sob gestão do ICMBio (Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros).

Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ, não houve nenhum incêndio em 2025 dos parques estaduais. No parque administrado pelo ICMBio, o fogo atingiu 6.440 hectares.

Valores das multas

O artigo 58-A do Decreto Federal 6514/2008 diz que provocar incêndio em vegetação nativa implica em multa de R$ 10 mil por hectare destruído. Mas o mesmo decreto determina, no artigo 93, que se as queimadas afetarem ou forem cometidas em zona de amortecimento de unidade de conservação (como é esse caso, da APA de Pouso Alto), o valor das multas deve ser aplicado em dobro até o limite de R$ 50 milhões.

Quem pode ser responsabilizado?

Os critérios para responsabilizar uma pessoa por ação comissiva que deu causa aos incêndios são:

  • a) o confinamento do fogo em glebas específicas da propriedade;
  • b) origem do fogo em glebas internas da propriedade, às quais o acesso é exclusivo ou restrito (longe de estradas);
  • c) recorrência frequente de focos de fogo no interior do imóvel, afetando áreas de pastagem;
  • d) prática agropecuária subsequente ao fogo, caracterizando relação direta entre a queimada e a atividade desenvolvida;
  • e) ausência de autorização de queima; e
  • f) ausência de danos em infraestruturas como cercas, postes, mourões, currais, equipamentos, implementos e bebedouros.

Para responsabilizar alguém por omissão, é preciso que a fiscalização constate:

  • a) ausência de aceiros no perímetro interno da área queimada;
  • b) ausência de elementos que comprovem ações preventivas e mitigadoras relacionadas ao controle ou prevenção de incêndios;
  • c) omissão na comunicação do incêndio ao Corpo de Bombeiros;
  • d) ausência de tentativa de controle do fogo com recursos disponíveis na propriedade rural;
  • e) faíscas de maquinário em operação na propriedade ou nas adjacências, que resulte em incêndio.

Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Governo de Goiás

Fonte: Portal Goiás

População apresenta críticas e sugestões ao PDOT; texto deve ser votado em 18 de novembro 

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A Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da Câmara Legislativa realizou audiência pública nesse sábado (11) para discutir o projeto de lei complementar nº 78/2025, que aprova o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT). O objetivo foi conhecer as críticas e reivindicações da população com relação ao texto elaborado pelo governo, de forma a subsidiar a apresentação de emendas para aprimorar a proposta.

“A gente sabe o quanto essa é uma pauta importante e temos ciência, também, do quanto esse projeto é valioso. Ele é transformador para o Distrito Federal”, afirmou a presidente da CAF, deputada Jaqueline Silva (MDB), na abertura do debate. “Todos nós estamos debruçados sobre essa pauta. E o que a gente tem tentado aqui é fazer com que vocês sejam ouvidos”, assegurou.

A distrital observou que, a partir desta segunda-feira (13) até o dia 24 de outubro, os parlamentares poderão protocolar emendas ao texto. “Nós temos prazo ainda, tempo para discutirmos e apresentarmos emendas”, enfatizou.  

O presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), lembrou que a revisão do PDOT já está atrasada: “Essa é uma dívida que o Estado tem com a população e que a gente precisa pagar. É extremamente importante que, agora, a Câmara Legislativa faça a sua parte”.  

O distrital disse confiar no trabalho conduzido por Jaqueline Silva: “Não tenho dúvida nenhuma de que você vai preparar, ouvindo as pessoas, um relatório que vai atender a população”. Wellington Luiz afirmou, ainda, acreditar que o projeto de lei complementar será votado no dia 18 de novembro, conforme cronograma aprovado.

 

Participação popular 

A secretária-adjunta de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Tereza Lodder, destacou que o governo realizou 90 audiências públicas para chegar ao texto protocolado na Câmara Legislativa. “A participação foi intensa e foi efetiva; a equipe técnica da Secretaria fez o melhor trabalho possível para transformar e materializar, na medida do possível, tudo aquilo que foi debatido e ouvido”, defendeu Lodder, antes de justificar que algumas demandas ficaram de fora por não observarem normas e legislações vigentes. 

O discurso da secretária-adjunta foi contradito, no entanto, por vários participantes da audiência pública. “A pior forma de participação social que existe é aquela que faz a gente pensar que, de fato, está participando, mas na verdade não está”, disse o promotor de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Dênio Augusto de Oilveira Moura.  

“O Ministério Público tem acompanhado esse processo desde o início, desde 2019. Houve participação social, mas, na hora de decidir o que ia entrar ou não no texto do projeto, essa participação foi excluída”, criticou o promotor. 

Representando a Associação de Moradores de Vicente Pires e Região (Amovipe), Gilberto Camargos foi enfático: “Tudo o que nós aprovamos em quase todas as reuniões, oficinas e audiências públicas do PDOT não serviu para nada. Fazem apenas aquilo que o governo quer, transformando o Distrito Federal naquilo que a Terracap quer”. 

Joaquim Campos, da Prefeitura Cabeceira do Valo e Monjolo, também reclamou: “Quando se fala de participação popular e que o PDOT foi democrático, na verdade, a sociedade vem aqui, e a nossa fala fica resumida a dois minutos. E muitas vezes, quando a população vai falar, a mesa até já se desfez”. Ele arrematou: “Se esse PDOT não for inclusivo, não for democrático, e a vontade de uma comunidade não for ouvida, esse PDOT não pode ser aprovado”. 

Militante bastante presente nas audiências públicas da Casa, Lúcia Mendes, representando os produtores rurais do DF, defendeu mais discussão e argumentou: “Esse é um projeto de lei complexo que, até hoje, ainda nos surpreende, com detalhes que podem prejudicar muito se não for ajustado. E o tempo apertado de debate pode acabar provocando prejuízos irreparáveis, que, certamente, levarão à judicialização e a atrasos desastrosos para população do DF”. 

A deputada Paula Belmonte (Cidadania) seguiu na mesma linha, reforçando a importâncias dos debates que têm sido promovidos pelo Legislativo local. “Esta audiência pública é fundamental para que a Câmara Legislativa dê oportunidade para a população ser ouvida”, pregou. Na sequência, emendou: “E que a gente possa, não só escutar, mas colocar em prática, transformar as demandas em emendas”. 

A distrital aproveitou para informar já ter preparado 15 emendas ao texto do Buriti, relativas a controle social. “Não há processo que seja adequado se não tiver controle e transparência”, afirmou. Belmonte também alertou: “A proposta tira algumas atribuições da Câmara Legislativa, e não podemos aceitar isso. Esse Poder aqui é o poder da população, então isso é fundamental”. 

Regularização fundiária 

Para a deputada Jaqueline Silva, o tema da regularização fundiária é uma das principais preocupações. “A gente já entendeu, dentro dessa minuta, que algumas regiões conseguiram, de alguma forma, ser contempladas, mas ainda há algumas situações que nos trazem uma certa dúvida”, avaliou.

Essa preocupação foi compartilhada por vários participantes da audiência pública, como a presidente da Associação Comunitária Amigos do Alto Kanegae (Acaak) do Riacho Fundo 1, Kátia Regina. “Enquanto nós estamos aqui, debatendo o PDOT, querendo fazer a coisa de acordo com a Lei, eu garanto que, neste mesmo momento, no Riacho Fundo, tem grileiro ocupando terra”, disse. Ela lamentou que, por outro lado, o governo esteja derrubando a casa de pessoas que vivem há anos em áreas que aguardam regularização. “A gente está pedindo socorro. É preciso achar uma alternativa para essas derrubadas”, cobrou.

Antônio Carlos de Jesus, da Cooperativa Agroecológica e Sustentável do assentamento rural Tiradentes (Coopermista), também fez apelo por regularização: “Mais de 80 famílias vivem em barracos de madeirite há 15 anos”. 

O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da CLDF, deputado Rogério Morro da Cruz (PRD), defendeu a inclusão dessas comunidades antigas no processo de regularização. “O governo precisa regularizar o que já está feito. A criança nasceu, precisa ser registrada”, comparou.

Morro da Cruz, que é presidente da Frente Parlamentar de Regularização, defendeu a regularização como forma de assegurar qualidade de vida e infraestrutura nas áreas que já estão ocupadas e consolidadas. Além disso, ele ressaltou que esse processo serve para frear a grilagem de terras. 

“A ordem do governador Ibaneis e da vice-governadora Celina é ouvir todo mundo e fazer o melhor possível, mas sempre dentro da legalidade. E, no caso do Brasília Ambiental, sempre a favor do desenvolvimento sustentável. O que é dano ao meio ambiente, para nós, não tem parceria”, apontou o ex-distrital e presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Rôney Nemer.  

Ele usou como exemplo o caso da Cabeceira do Valo. “Da chácara 1 até a 16, está tudo completamente adensado, até em área que não pode. Então, o que que nós fizemos? Não tem como implodir aquelas casas todas”, contou. Segundo ele, foi levado em conta o limite de 30 metros do córrego: “Quem estiver a menos de 30m não tem como ser regularizado, então tem que ser remanejado”. 

Direito à moradia 

Na opinião do deputado Fábio Felix (PSOL), o direito à moradia – junto com a preservação do meio ambiente – deve nortear o PDOT. “O DF tem a maior desigualdade social do país. O PDOT não pode servir para dar um passo no sentido da regularização para as áreas consolidadas da população mais rica e passar o trator nas áreas de vulnerabilidade social”, defendeu.  

A subsecretária de Políticas e Planejamento Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF, Juliana Machado Coelho, elencou algumas “inovações” visando a promoção de moradia digna. “Nas estratégias, a gente tem tanto a oferta habitacional, quanto as áreas de regularização que tinham núcleos urbanos informais consolidados, além do zoneamento inclusivo, que é uma inovação nessa proposta”, pontuou. “A gente traz também questões relacionadas ao território resiliente, que está muito relacionado à questão das mudanças climáticas”, completou. 

Áreas rurais 

Assim como em outras audiências, a situação das zonas rurais esteve entre os principais assuntos abordados. Marcos Santarosa, da Associação dos Produtores do Núcleo Rural Lago Oeste (Asproeste), registrou que a área rural do DF diminuiu 5% nos últimos anos, em consequência da ocupação desordenada do solo. “Esses 5% de áreas que foram ocupadas agora vão ser regularizadas pelo PDOT. Não tem mais o que fazer, vamos regularizar. É a indústria da regularização em ação. O urbano em cima do rural: nunca o rural invade o urbano, sempre o urbano invade o rural”, reclamou. 

Santarosa alertou, ainda, para os riscos de uma inovação prevista na proposta do GDF: os condomínios rurais. “Nós vamos juntar módulos rurais que não obedecem o módulo mínimo e vamos fazer um condomínio. Não consigo entender essa coisa funcionando se não for quebrando todas as regras ambientais, que é o que mantém ainda um pouco de meio ambiente no Distrito Federal”, afirmou, pedindo a supressão dos artigos 74 e 75 do projeto de lei complementar do PDOT. 

Outros participantes que militam pela manutenção e preservação da zona rural e do meio ambiente do DF também cobraram a regularização das áreas rurais. Vários cobraram a previsão de opção de compra das terras.  

Outras demandas 

Não faltaram reivindicações na audiência de sábado. Além das demandas já apresentadas, houve pedido para a retirada do texto da autorização para implantação de comércio no Park Way. Além disso, um representante da Marinha solicitou a transformação da “vila naval” – localizada em área 100% rural –  em área urbana, por questões de saneamento e saúde pública.

Fonte: Agência CLDF