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Gilson Machado perde força em Pernambuco e vê projeto político derreter nas urnas

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Queda de votos, isolamento e crise de imagem marcam trajetória recente do ex-ministro no estado

Pernambuco parece ter dado um recado claro nas urnas: Gilson Machado já não representa uma via viável de liderança política no estado. Após alcançar 323.769 votos no Recife na disputa pelo Senado em 2022, o ex-ministro do Turismo amargou um revés expressivo nas eleições municipais de 2024, conquistando apenas 129.138 votos na corrida pela Prefeitura da capital – uma perda de quase 60% de seu eleitorado em apenas dois anos.

A leitura política é inevitável. Em 2022, Machado surfou a popularidade do então presidente Jair Bolsonaro, apresentando-se como uma extensão do bolsonarismo no estado. No entanto, passados os efeitos da onda conservadora, o que se vê é a dificuldade do ex-ministro em sustentar um projeto próprio. Sem base sólida, sem articulação política local e distante da população, Gilson passou a enfrentar resistência até dentro do campo conservador.

Analistas apontam que a imagem de Gilson se deteriorou rapidamente por falta de consistência. Seu discurso, muitas vezes centrado em frases de efeito e pautas populistas, não foi acompanhado de entregas concretas ou empatia com o eleitorado. Além disso, sua postura considerada autoritária e centralizadora tem afastado apoiadores e lideranças que antes orbitavam sua candidatura.

Internamente, sua condução política tem sido criticada por tentar controlar movimentos populares e desarticular lideranças locais, o que tem provocado um processo de esvaziamento em sua base de apoio. Segundo relatos, Gilson teria imposto um estilo de liderança vertical, desestimulando o diálogo e a pluralidade dentro do campo da direita pernambucana.

Com trajetória marcada mais pela exposição midiática do que por resultados administrativos expressivos, sua passagem pelo Ministério do Turismo também não deixou marcas relevantes. Na arena política, sua atuação tem sido classificada por aliados como desagregadora, vaidosa e pouco eficaz.

Caso mantenha o mesmo rumo, a avaliação entre analistas e lideranças locais é unânime: Gilson Machado dificilmente terá fôlego para disputar cargos majoritários com chances reais de vitória nos próximos anos. A direita avança, amadurece e busca novas lideranças – e o espaço para figuras que não entregam resultado está cada vez menor.

 

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