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A direita que se divide e o povo que perde – Pernambuco em crise de liderança

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A disputa interna pelo poder entre Anderson Ferreira e Gilson Machado pode estar selando a derrota da
direita em Pernambuco – e pior, prejudicando diretamente o presidente Jair Bolsonaro. De um lado,
Anderson, político tradicional, herdeiro de uma dinastia que tem se mantido nos corredores do poder há
décadas. De outro, Gilson, ex-ministro, ex-candidato derrotado e autoproclamado representante de
Bolsonaro, que coleciona mais derrotas do que votos.

Anderson Ferreira, presidente estadual do PL, representa uma velha política que sobrevive mudando de lado conforme o vento do poder. Sua família – com o irmão André Ferreira e o cunhado Fred Ferreira – sempre ocupou espaços em governos diversos, sendo peça comum em palanques petistas, socialistas e agora bolsonaristas. Declara-se o candidato de Bolsonaro ao Senado, mas seu histórico aponta mais para a conveniência do que para a lealdade ideológica.

Gilson Machado, por sua vez, nunca venceu uma eleição. Em 2020, na disputa pela Prefeitura do Recife,
contrariou a estrutura da direita local ao apoiar a delegada Patrícia Domingos contra o então candidato
Mendonça Filho, fragmentando a direita e facilitando a vitória de João Campos. Em 2022, perdeu para
Tereza Leitão, figura pouco expressiva, e agora, em 2024, novamente saiu derrotado para o mesmo João
Campos, agora reeleito com folga.

Ambos os lados reivindicam a bênção de Bolsonaro, ambos dividem o mesmo eleitorado e ambos, na
prática, enfraquecem a direita em Pernambuco. Um busca perpetuar sua família no poder; o outro busca
notoriedade à custa de divisões internas.

Enquanto isso, o povo de Pernambuco amarga índices de miséria, insegurança e estagnação econômica. O
Estado, que já foi potência política e cultural no Nordeste, hoje clama por lideranças que saibam unir forças em prol do desenvolvimento, e não por brigas de vaidade e projetos pessoais.

O presidente Bolsonaro precisa intervir, unir a base e pôr fim a essa disputa que só interessa à esquerda. O
povo de Pernambuco merece mais. Merece seriedade, competência e liderança de verdade – e não o eterno
retorno das mesmas figuras políticas que insistem em manter o Estado no atraso.

Outra liderança política que poderia descontar o cenário de direita em Pernambuco seria o ex-deputado
André de Paula, que, ao assumir a presidência em Pernambuco do Partido Social Democrata do Kassab, se juntou a Lula, traindo seus correligionários políticos, migrando de uma direita conservadora para uma esquerda ultrapassada. André de Paula, que hoje é ministro do governo Lula, fez parte do pacotão Kassab. Por um lado, conseguiu um ministério. Por outro lado, perdeu sua base eleitoral em Pernambuco. O retrato disso foi o mesmo não ter conseguido nem eleger sua filha como vereadora da cidade do Recife, mesmo investindo muito em sua campanha.

Outras lideranças de direita têm disputado no cenário político local. O vereador Eduardo Moura, se posicionando como um defensor do povo e verificando todas as ações do prefeito do Recife, tem mostrado a
face do que é a esquerda pernambucana. Outros políticos, como Medina, em Olinda o novo vereador Sarmento, e em outros municípios outras lideranças, vêm trazendo um pouco de esperança à direita pernambucana.

Mas, fica também uma pergunta. Será que a inexperiência política desses novos políticos e a máfia do velho patriarcado político pernambucano não vai impedir que essas novas lideranças surjam como uma solução? Ou será que o povo pernambucano acordou e vai migrar e dar uma oportunidade a essas novas lideranças de reconduzirem Pernambuco para um desenvolvimento tão esperado?

Pernambuco chora. Pernambuco grita por mudança. E a direita precisa parar de cavar sua própria cova.

 

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