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Fotógrafos no Parque: audiência pública destaca necessidade de regulamentação

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A Câmara Legislativa recebeu profissionais e autoridades para debater a atuação de fotógrafos em espaços públicos, principalmente em locais destinados à prática esportiva. Eles falaram durante audiência pública de iniciativa do deputado Martins Machado (Republicanos), realizada nesta quarta-feira (18) no plenário da CLDF. Na ocasião, representantes do Governo do Distrito Federal relataram o recebimento de ouvidorias, com reclamações de pessoas incomodadas com a atividade.

“Infelizmente hoje nós temos uma ouvidoria muito grande com respeito aos fotógrafos, informando, inclusive embasada em legislação, que a intimidade da pessoa pode estar sendo ferida”, disse o advogado Darly Pontes, assessor da Secretaria de Esporte. Ele citou que uma das ouvidorias, por exemplo, é o caso de uma pessoa com uma criança, “que se sentiu com a honra atingida de certa forma”.

O subsecretário de Esporte, Nivaldo Felix, também mencionou o recebimento de ouvidorias e destacou o caso do Parque da Cidade. Trata-se de espaço tombado e submetido ao Plano de Uso e Ocupação (PUOC) determinado pelo Decreto 38.688/2017. A fotografia comercial não é permitida pelo norma. “Qualquer atividade comercial que não esteja no plano de uso e ocupação do parque é vedada”, afirmou o subsecretário.

 

Foto: Ângelo Pignaton/ Agência CLDF

Ele ressaltou a ausência de regulamentação específica, sobretudo para criar regras de consentimento dos fotografados. “Essa informalidade é que gera insegurança e gera os questionamentos.” Nivaldo exemplificou que, em alguns parques, existem quiosques para retirada de uma pulseira, utilizada para identificar quem deseja as fotos. “Mas isso tem que ser normativo”, apontou.

O deputado Martins Machado também falou sobre a necessidade de avançar na regulamentação, após as devidas discussões sobre o tema. “Dentro dessa regulamentação, vamos debater quais são os critérios que nós devemos usar.” Ele levantou a possibilidade de realizar uma segunda audiência pública dentro do Parque da Cidade, para permitir maior participação popular.

Respeito à LGPD

Representantes dos profissionais destacaram que a atividade respeita a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, pois somente o fotografado consegue ter acesso às fotos. Os sites das empresas do ramo exigem a confecção de um cadastro e o envio de uma selfie. “Todas as fotos têm reconhecimento facial”, ressaltou o fotógrafo Anderson Montes, da empresa Fotop. Além disso, ele afirmou que os profissionais são orientados a apagar imediatamente as fotos caso a pessoa demonstre qualquer tipo de recusa, por meio de gestos e outras manifestações.

“Muitos reclamam por não saber como funciona o sistema”, pontuou o fotógrafo Thiago William da Rocha, da Foco Radical. Ele falou sobre a importância da atividade como incentivo ao esporte e ao cuidado com a saúde, bem como fonte de renda para os profissionais. “A fotografia valoriza os atletas, registra os melhores momentos e as suas superações e promove o espaço público. Cada foto vai muito longe, alcança muitos lugares”, opinou.

 

Foto: Ângelo Pignaton/ Agência CLDF

Ele também relatou que fotógrafos estão impedidos de trabalhar no Parque de Águas Claras, por determinação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Thiago disse que um projeto foi enviado à instituição, mas ainda não houve retorno. “Nós estamos há três ou quatro semanas aguardando resposta do Ibram”, contou. O deputado Martins Machado se ofereceu para intermediar o caso em reunião com o instituto.

O subsecretário do Esporte enalteceu a atuação dos fotógrafos, em especial no registro de atividades esportivas. “A gente sabe que a grande maioria das pessoas querem ser fotografadas. Isso levanta a autoestima”, disse Nivaldo Felix. “A atividade de vocês é louvável. Brasília é a capital do esporte”, afirmou.

A audiência completa pode ser assistida no Youtube da TV Câmara Distrital.

Fonte: Agência CLDF

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