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Câmara Legislativa celebra Dia do Biomédico e ouve demandas da categoria

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) comemorou o Dia do Biomédico em sessão solene nesta quarta-feira (26). O deputado Jorge Vianna (PSD) foi o autor da homenagem, na qual foram entregues moções de louvor a profissionais da área.

“No Brasil, a biomedicina tem avançado com velocidade impressionante, conquistando novos espaços de atuação e fortalecendo sua identidade como categoria fundamental para o sistema de saúde”, destacou o parlamentar. Vianna lembrou que a história da biomedicina brasileira é relativamente recente. O primeiro curso do país foi criado em 1966. Anos depois, a atividade foi regulamentada pela Lei 6.684/1979.

O deputado ressaltou que, além dos exames laboratoriais, a profissão tem expandido o alcance para diversas áreas, como a genética, a biologia molecular, a bromatologia [análise de alimentos], a imaginologia [exames por imagem], a estética e a perícia civil e criminal.

“Apesar disso, há poucos cursos superiores em biomedicina. Atualmente nem UnB [Universidade de Brasília] nem UnDF [Universidade do Distrito Federal] oferecem graduação em biomedicina. Porém tenho certeza que, com as nossas perseveranças, teremos em breve esse sonho realizado”, comentou o parlamentar.

Jorge Vianna citou algumas solicitações que fez ao Poder Executivo distrital e federal, entre elas: a indicação 6.830/2024, sobre a implementação do curso de biomedicina na UnDF; a indicação 6.831/2024, acerca de concurso público para biomédicos na Secretaria de Saúde do DF (SES-DF); e a indicação 6.829/2024, sobre concurso público na Força Aérea Brasileira (FAB).

 

Deputado Jorge Vianna. Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF

Ao longo do evento, uma das principais demandas foi a realização de um novo concurso para a SES-DF. O primeiro e último certame para biomédicos aconteceu em 2014. “Onze anos sem concurso público é algo vexatório”, classificou o presidente do Sindicato dos Biomédicos do DF (Sindbiomédicos-DF), Carlos Roberto Filho.

Participantes da solenidade também defenderam a criação de programa de residência na SES-DF com vagas para biomedicina, de piso nacional para a categoria com redução de carga horária para 30h, entre outras causas.

O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, alertou que o projeto de lei acerca do piso para biomédicos foi criado ainda em 2020 e, por isso, a proposta já está com valores defasados devido à inflação acumulada nos últimos cinco anos.

Além disso, Raul Canal enfatizou a importância da categoria: “Não existe conduta terapêutica sem diagnóstico preciso. Não há um diagnóstico preciso sem um laudo. E não existe um laudo sem um biomédico. Vocês são fundamentais para a saúde humana”.

O presidente do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), Edgar Garcez, destacou que existem 180 mil biomédicos no país, com um amplo campo de atuação. “O biomédico é um profissional que deslancha não só na saúde, mas também na indústria e na pesquisa de ponta no Brasil”, ressaltou Garcez.

 

Biomédica Putira Sacuena. Foto: Wilter Moreira/ Ascom Jorge Vianna

Primeira biomédica indígena

O discurso mais aplaudido foi da biomédica indígena Putira Sacuena, diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena do Ministério da Saúde. “É gratificante ser a primeira indígena biomédica do Brasil”, afirmou, emocionada.

Hoje PhD em bioantropologia, entre outras qualificações, Putira conta que se “apaixonou pelo microscópio” e foi a primeira indígena mulher da região do Médio Rio Negro, no Amazonas, a ser microscopista, trabalhando no diagnóstico de malária.

“Nós estamos além dos grandes laboratórios”, disse Putira. Ela destacou que os biomédicos sanitaristas e epidemiologistas também atuam nos territórios indígenas, nos quilombos, nas comunidades ribeirinhas e extrativistas e nas periferias. “Nós estamos em todos os lugares onde se discute, fomenta e constrói a saúde pública”, explicou.

A biomédica ressaltou o papel da educação e pediu acolhimento para os alunos indígenas dos cursos de biomedicina. “Eu sempre fui estudada no meu território por pesquisadores e pesquisadoras que antes nos olhavam enquanto objetos. Hoje, aqui no Distrito Federal, eu trago a importância da educação, que transforma as nossas vidas e traz um lugar de protagonismo”, afirmou Putira.

Ela também fez uma breve homenagem às suas origens: “Foi na biomedicina que eu percebi que tive a maior farmacologista da minha vida: a minha avó”.

A solenidade completa pode ser assistida da TV Câmara Distrital.

Fonte: Agência CLDF

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