Enquanto Santa Catarina prospera com gestões conservadoras e visão estratégica, Pernambuco afunda em décadas de populismo, aparelhamento estatal e falta de planejamento — e perde espaço no cenário nacional.
Durante boa parte da história do Brasil, Pernambuco foi protagonista. Desde os movimentos de resistência à Coroa portuguesa no século XVIII até o papel político fundamental no Brasil Império e República, o estado figurou entre os mais influentes da Federação. Mas nas últimas décadas, o que se vê é um cenário de declínio, empobrecimento e perda de representatividade nacional. Pernambuco, que já esteve entre os estados mais ricos e produtivos do país, hoje ocupa posições medíocres em praticamente todos os rankings de desenvolvimento humano, educação e participação no PIB nacional.
Em contrapartida, um estado do sul do Brasil, Santa Catarina, nunca teve o mesmo protagonismo histórico, mas conseguiu, ao longo das últimas décadas, ultrapassar Pernambuco em todos os indicadores econômicos e sociais. A diferença? Gestão eficiente, políticas públicas voltadas à produtividade e uma postura ideológica pragmática e conservadora, enquanto Pernambuco mergulhou num ciclo de governos de esquerda populista e técnicas falhas de gestão.
Pernambuco: De potência regional à estagnação nacional
Pernambuco ainda detém o 2º maior PIB do Nordeste, mas representa hoje apenas 2,7% do PIB nacional — menos que Santa Catarina (4,6%), que tem uma população menor e um território mais compacto. O PIB per capita pernambucano gira em torno de R$ 27 mil, enquanto o catarinense ultrapassa R$ 48 mil, segundo dados do IBGE de 2022.
Nas últimas décadas, Pernambuco foi governado majoritariamente por partidos de esquerda — especialmente o PSB, em parceria com o PT. A hegemonia começou com Miguel Arraes e se consolidou com Eduardo Campos e Paulo Câmara, em gestões que priorizaram programas sociais e políticas de redistribuição, mas deixaram de lado a diversificação econômica, o estímulo ao empreendedorismo e a eficiência estatal.
Durante esses governos, o Estado passou a depender excessivamente de transferências federais. Faltaram políticas de infraestrutura de longo prazo, incentivos à indústria pesada, inovação tecnológica e qualificação profissional compatível com o mercado moderno.
Apesar de iniciativas pontuais — como o Porto Digital e o Complexo de Suape —, Pernambuco não conseguiu transformar esses projetos em motores de desenvolvimento sustentado, como Santa Catarina fez com suas cadeias industriais, agropecuárias e tecnológicas.
Santa Catarina: O Brasil que planeja, trabalha e cresce
Santa Catarina, por sua vez, adotou uma trajetória totalmente distinta. Com governos de perfil liberal-conservador e tecnocrático, o estado investiu em educação técnica, infraestrutura rodoviária, estímulo ao setor produtivo e incentivo à industrialização desde a década de 1960.
Os sucessivos governos estaduais criaram um ambiente propício ao investimento privado. A economia catarinense é diversificada, altamente exportadora e sustentada por um setor industrial robusto, com polos metalúrgicos, têxteis, de eletrodomésticos, móveis e tecnologias de ponta — com destaque para empresas como WEG, Embraco e Havan.
Além disso, o estado figura entre os melhores índices de IDH do Brasil, possui baixa desigualdade de renda e os menores índices de analfabetismo do país. Tudo isso com governos que jamais se renderam ao populismo de esquerda, mantendo o foco em resultado, gestão pública e responsabilidade fiscal.
⚖ Comparativo direto: números que não mentem
Indicador | Santa Catarina | Pernambuco |
---|---|---|
PIB estadual (2022) | R$ 430 bilhões (4,6%) | R$ 288 bilhões (2,7%) |
PIB per capita | R$ 48.159 | R$ 27.139 |
Índice de Desenvolvimento Humano | Alto (0,82) | Médio (0,72 – 0,77) |
Posição no IDEB nacional | Topo do ranking | Médio/baixo |
Estrutura econômica | Industrial e diversificada | Agro + serviços + emergente |
Espectro político dominante | Centro-direita/conservador | Centro-esquerda/populista |
Conclusão: Pernambuco perdeu o rumo
A estagnação de Pernambuco não se deve apenas à geografia ou à desigualdade histórica do Nordeste. A comparação com Santa Catarina evidencia que a ideologia dominante nos governos estaduais influenciou diretamente o desempenho econômico, a eficiência da máquina pública e o futuro da população.
Enquanto o Sul caminhou com os pés no chão, investindo em produção, gestão e empreendedorismo, Pernambuco optou por políticas de curto prazo, amarradas a discursos populares e dependentes de Brasília. O resultado é visível: o que era líder regional hoje amarga taxas de pobreza, violência, desemprego e falência estrutural.
É hora de Pernambuco repensar seu modelo de gestão, sua cultura política e sua visão de futuro. O exemplo de Santa Catarina mostra que é possível — desde que se abandone o populismo e se adote a eficiência.
Pesquisa com auxílio do ChatGPT