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DE LOUCOS, TODOS TEMOS UM POUCO

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Os posicionamentos políticos do senador Marcos Do Val sempre foram reconhecidamente contundentes e diretos desde muito antes de ser eleito para o Senado Federal, por quase um milhão de capixabas, em 2018. Tendo sido forjado no meio do combate à criminalidade, em meio a numerosos agentes de segurança pública do mundo todo que treinou ao longo de sua carreira profissional, meias palavras e eufemismos não costumam fazer parte do seu discurso. Essa característica já causou muitas críticas daqueles com ouvidos mais sensíveis, que muitas vezes o taxaram de intempestivo e até mesmo de louco.

Esse comportamento combativo se acentuou bastante depois do 8 de janeiro de 2023, quando ele teve acesso, por ser senador da República, a informações restritas que se contrapunham enfaticamente à narrativa adotada pelo Palácio do Planalto para explicar os acontecimentos daquele domingo na Praça dos Três Poderes. De posse de evidências irrefutáveis de que houve omissão dolosa de autoridades do primeiro escalão do então recém-empossado governo federal, que decidiram por um “deixa quebrar” para poderem, depois, vitimizar-se enquanto criminalizavam a Direita, Marcos Do Val partiu para o ataque.

Nesse contexto, não teve outros meios de chamar alguma atenção para os fatos que não fosse a polêmica e o confronto. Sabendo que centenas de brasileiros inocentes passaram a ser injustamente punidos com penas arbitrárias e abusivas, sem direito ao duplo grau de jurisdição e mediante o cerceamento de seu direito de defesa e contraditório, a atuação de Do Val passou a ser ainda mais veemente. Não é fácil transpor o aparato da grande mídia, toda ela comprometida com o Palácio do Planalto, para fazer a verdade vir à tona e ao conhecimento dos brasileiros.

Ações extremas desencadeiam reações poderosas, e com Marcos Do Val não poderia ser diferente. Foi, mais de uma vez, taxado pela imprensa e pelos ativistas de esquerda nas redes sociais de louco, desequilibrado e mentiroso. O presidente do Senado chegou a mandar um médico psiquiatra do Senado Federal à sua casa para entrevistá-lo, só para, no fim, concluir que ele está e sempre esteve no controle de todas as suas faculdades mentais. Foi crucificado em praça pública e passou por um linchamento de sua reputação.

O ministro Alexandre de Moraes lançou mão de todos os recursos de lawfare de que dispõe para tentar freá-lo e calá-lo, mas não conseguiu. Fez pesca probatória no seu gabinete e em sua casa, atrás de algo que o comprometesse, mas não encontrou nada. Bloqueou as redes sociais, confiscou o salário e a verba indenizatória que permite o regular exercício do mandato de senador da República, impôs uma multa impagável e exorbitante de 50 milhões de reais. Bloqueou o seu passaporte e o proibiu de sair do país, mesmo para cumprir atividades inerentes ao cargo para o qual foi eleito. Feriu de morte todas as prerrogativas parlamentares que estão dispostas no Artigo 53 da Constituição Federal. Marcos Do Val, paciente e abnegadamente, aguentou todos os golpes.

Agora, em 2025, a verdade, enfim, começa a prevalecer. A União Interparlamentar (UIP), criada em 1889 na Suíça, reconheceu o status de Marcos Do Val como perseguido político e determinou que uma missão de representantes venha ao Brasil acompanhar o seu caso. Ao mesmo tempo, dezenas de denúncias contra os abusos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) às cortes internacionais de Direitos Humanos também começam a ser acolhidas. O cerco começa a se fechar para que o bem – e a democracia, e o Estado de Direito, e as liberdades fundamentais de todos os brasileiros – finalmente prevaleçam neste país. Ou seja: no fim, o louco tinha mesmo razão, não é mesmo?

Isso faz pensar: entre ser um político taxado de louco corajoso ou conhecido por ser corrupto, acho que Marcos Do Val fez a escolha certa. Para alguns, pode ainda ser o senador destemperado, alcunha que costuma ser dada àqueles que ousam pensar “fora da caixinha”. Mas nunca poderão apontar o dedo para ele e dizer que é mais um político corrupto. Dos apelidos que podem atribuir-lhe por causa da sua pretensa “loucura”, jamais será o “Amigo do amigo do meu pai”, ou o “Centroavante”, ou o “Duro”, ou o “Lindinho”, dentre tantos outros nomes infames que vieram à tona na lista de recebedores de propina da Odebrecht. No fim das contas, a loucura compensa. Já o crime, não.

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