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O tema do ataque dos EUA ao Irã para tentar destruir sua capacidade nuclear é extremamente complexo, entenda.

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O tema do ataque dos EUA ao Irã para tentar destruir sua capacidade nuclear é extremamente complexo e envolve uma combinação de:

Por Fabiano Andrade – Economista, Mestre em Psicanálise, Especialista em Neurociência e Especialista em Politica, Estratégia, Defesa e Segurança Pública 🇧🇷

fatores geopolíticos modernos,

conflitos históricos e religiosos,

e alianças estratégicas globais.

Vamos destrinchar isso por partes para entender o panorama:

1. O Conflito Entre Irã e Israel: Antigo e Atual

Histórico e bíblico:
Irã é a antiga Pérsia. Embora os persas não tenham sido tradicionalmente inimigos dos judeus (Ciro, o Grande, foi até protetor dos judeus na antiguidade), nos tempos modernos, especialmente após a Revolução Islâmica de 1979, o Irã passou a adotar uma postura radicalmente anti-Israel.

Teocracia xiita vs Estado judeu:
O regime iraniano vê Israel como um inimigo existencial, chamando-o de “entidade sionista” e negando sua legitimidade. Israel, por sua vez, enxerga o programa nuclear iraniano como ameaça direta à sua sobrevivência.

2. Interesses dos EUA e Israel

Israel busca impedir a qualquer custo que o Irã adquira armas nucleares.

EUA, aliado histórico de Israel, compartilha dessa preocupação, mas também busca manter o controle geopolítico do Oriente Médio, especialmente:

petróleo e gás

rotas estratégicas

prevenção da influência da Rússia e da China na região

Daí vem os ataques direcionados, sabotagens e sanções econômicas contra o Irã.

3. E onde estão China e Rússia nessa equação?

Rússia:

A Rússia tem aliança estratégica com o Irã, especialmente por causa de:

oposição comum aos EUA e OTAN

cooperação na guerra da Síria

trocas econômicas e venda de armamento

Mas, ao mesmo tempo, Moscou mantém uma relação pragmática com Israel, principalmente por causa dos interesses russos em manter alguma estabilidade regional e influência.

China:

A China também tem interesse no Irã, sobretudo por causa do petróleo e por vê-lo como peça importante na Nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative).

Evita se envolver diretamente em conflitos militares, mas se opõe a sanções unilaterais dos EUA e apoia diálogo e diplomacia.

Nem China, nem Rússia querem uma guerra aberta. Elas preferem operar nos bastidores, com alianças econômicas, fornecimento de tecnologia e apoio político, enquanto criticam os EUA em fóruns como a ONU.

4. Por que tudo isso importa agora?

Qualquer ataque americano (ou israelense) a instalações nucleares iranianas pode levar a:

guerra regional no Oriente Médio

fechamento do Estreito de Ormuz (por onde passa 20% do petróleo mundial)

envolvimento indireto de China e Rússia

repercussões globais nos preços do petróleo, na segurança e na diplomacia internacional

Conclusão

O ataque ao Irã não é apenas um ato militar. Ele carrega camadas de:

conflitos religiosos antigos (xiitas vs judeus)

medo nuclear

política de contenção dos EUA

rivalidades globais (Ocidente vs Rússia/China)

Se houver escalada, China e Rússia entrarão em cena, mas nos bastidores, usando diplomacia, veto na ONU, influência econômica e apoio indireto. Mas o jogo é muito maior que só Israel e Irã ele é mundial.

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