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Sintomas de Síndrome de Hubris em Alexandre de Moraes levantam debate sobre saúde mental no poder

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Especialistas sugerem que comportamento do ministro pode indicar distúrbios compatíveis com a chamada “Síndrome de Hubris”, comum em figuras públicas que concentram poder por longos períodos

O comportamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem gerado crescente preocupação entre analistas, juristas e especialistas em comportamento humano. Suas atitudes públicas — marcadas por autoconfiança extrema, desprezo por opiniões divergentes, decisões monocráticas com forte impacto político e aparente indiferença à crítica popular — despertaram debates que ultrapassam o campo jurídico e adentram a esfera da saúde mental.

Segundo estudiosos da psiquiatria comportamental, essas características se alinham ao que se denomina Síndrome de Hubris, termo cunhado pelo médico britânico Lord David Owen para descrever uma espécie de transtorno comportamental que acomete líderes após longos períodos de poder.

Entre os sintomas mais recorrentes da síndrome, estão:

  • Obsessão pela própria imagem e reputação
  • Necessidade constante de admiração e validação
  • Desprezo pelas opiniões alheias
  • Abuso ou extrapolação do poder institucional
  • Perda de contato com a realidade objetiva
  • Discurso com tom messiânico
  • Tomada de decisões imprudentes, ignorando alertas ou riscos
  • Incapacidade de reconhecer erros ou críticas

A síndrome, embora ainda não formalmente reconhecida pelos manuais diagnósticos como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), é levada a sério por muitos psiquiatras que estudam os efeitos do poder prolongado sobre a psique humana. Casos semelhantes já foram identificados em lideranças políticas históricas, tanto de regimes autoritários quanto democráticos.

Senadora Damares sugere avaliação prevista em lei

A crescente inquietação em torno do comportamento do ministro chegou inclusive ao Congresso Nacional. Recentemente, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) sugeriu publicamente que Alexandre de Moraes deveria passar por uma avaliação psicológica e psiquiátrica, diante da conduta que vem adotando no exercício de sua função.

Segundo a parlamentar, tal medida não é apenas legítima, como também está prevista em lei. De acordo com o artigo 117, inciso XII da Lei nº 8.112/90, que rege o funcionalismo público federal, a autoridade competente pode submeter o servidor à avaliação médica e psicológica periódica ou excepcional, especialmente em casos que indiquem possível comprometimento da aptidão para o cargo.

“Se há indícios de comportamento incompatível com a função pública, cabe sim uma apuração técnica, inclusive por meio de perícia. Isso vale para qualquer servidor, inclusive ministros do Supremo”, afirmou Damares em entrevista.

A fala da senadora ecoou entre parlamentares e juristas preocupados com o acúmulo de poder nas mãos do ministro, reacendendo o debate sobre os limites institucionais e a responsabilidade mental de autoridades que ocupam cargos de altíssima relevância para o Estado democrático.

Riscos institucionais

Para o psiquiatra e professor de ética médica britânico Anthony David, coautor de estudos sobre o tema, a Síndrome de Hubris pode representar um risco direto às instituições democráticas: “Quando um indivíduo no topo da hierarquia começa a agir como se fosse infalível, desprezando o sistema de freios e contrapesos, a própria estrutura institucional corre risco”, afirmou em publicação no Journal of the Royal Society of Medicine.

No caso brasileiro, os questionamentos ganham contornos ainda mais sérios diante das ações reiteradas de Alexandre de Moraes contra parlamentares, jornalistas, veículos de comunicação e até cidadãos comuns. Há denúncias de que o ministro tem atuado como “delegado, promotor e juiz” ao mesmo tempo, tomando decisões unilaterais com base em critérios subjetivos, inclusive sob sigilo, o que agrava a suspeita de abuso de autoridade.

Necessidade de avaliação clínica

Embora a Síndrome de Hubris não seja classificada oficialmente como uma doença mental, diversos transtornos de personalidade descritos pela medicina compartilham sintomas semelhantes. Entre eles:

  • Transtorno de personalidade narcisista
  • Transtorno delirante do tipo grandioso
  • Transtorno de personalidade antissocial
  • Transtorno de personalidade paranoide

Cada um desses distúrbios exige uma avaliação médica minuciosa e acompanhamento profissional, o que não pode ser feito com base apenas na observação pública ou midiática.

Conclusão

Diante do conjunto de comportamentos repetitivos e da crescente centralização de poder em suas mãos, é legítimo levantar a hipótese de que o ministro Alexandre de Moraes manifeste traços compatíveis com a Síndrome de Hubris. No entanto, somente uma avaliação clínica rigorosa poderia confirmar se há um quadro patológico mais profundo, como um transtorno de personalidade narcisista ou delirante.

A proposta da senadora Damares Alves, respaldada pela legislação que rege os servidores públicos federais, ganha força diante da gravidade institucional que envolve a atuação de ministros do STF. Dado o peso de suas decisões para a democracia brasileira, talvez seja hora de considerar, com seriedade e responsabilidade, se o poder absoluto que hoje parece habitar o Supremo Tribunal Federal está sendo exercido por alguém em pleno domínio de sua saúde mental. O equilíbrio da República depende disso.

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