Por Fabiano Andrade – Economista, Mestre em Psicanálise e Especialista em Neurociência
Vivemos tempos em que a cegueira mental voluntária virou epidemia, e um de seus sintomas mais perigosos é a síndrome da gadice: a devoção cega e acrítica a figuras que, longe de serem líderes, são apenas personagens fabricados para os holofotes. Essa síndrome tem transformado muitos em verdadeiros cegos mentais, incapazes de discernir quem realmente combate pela liberdade e quem apenas encena o papel de salvador.
Vamos aos fatos: Gilson Machado não é Bolsonaro. E Bolsonaro não é Gilson Machado.
Enquanto Jair Bolsonaro carrega nas costas a história de um verdadeiro líder da direita, um combatente que enfrentou o sistema, a mídia e o establishment em nome do povo brasileiro, Gilson Machado vive em torno de curtidas, câmeras e likes. Um produto de rede social com ambições familiares, planos pessoais e só.
Nas eleições para a prefeitura de Recife, Gilson colocou a famosa “bota de lama”, fez cena, se vitimizou, teatralizou. Mas passou o pleito e ele sumiu, exceto quando quer projetar o filho. Ao invés de liderar um movimento coletivo, quis transformar a direita pernambucana em trampolim pessoal, onde o povo é escada e a militância é massa de manobra.
Nunca vimos Gilson Machado liderando campanhas de arrecadação para os presos políticos, nunca o vimos cruzando Pernambuco sozinho, defendendo pautas conservadoras, evangelizando a população com os ideais de liberdade e pátria. Tudo gira em torno de si e de Bolsonaro, mas apenas quando conveniente.
Aliás, criou-se um sistema perverso: quem quiser chegar até Bolsonaro em Pernambuco, precisa beijar a mão de Gilson Machado. Uma centralização digna de ditaduras, que vem sufocando novas lideranças e transformando a direita local em um curral fechado.
O exemplo mais gritante é o do vereador Eduardo Moura. Jovem, combativo, independente e eleito sem precisar da sombra de Bolsonaro. É, disparado, o parlamentar municipal mais firme no enfrentamento à esquerda. Mas você já viu Gilson valorizá-lo? Abraçá-lo? Levá-lo a Brasília? Claro que não. O orgulho e a vaidade falam mais alto, porque todo protagonismo que não seja o dele ou do filho, é ameaça.
A direita pernambucana vive hoje sob a ditadura Gilsiana. Uma prisão construída pela vaidade de um homem que não entende que o conservadorismo é coletivo, que a pátria não tem dono, e que o povo não é escada para projeto pessoal.
Enquanto isso, a síndrome da gadice segue fazendo vítimas, cegando aqueles que ainda confundem glamour com liderança, vaidade com missão, palco com propósito.
Abram os olhos. Gilson não é o Messias. E a direita de Pernambuco não pode ser seu império particular da DITADURA GILSIANA.