O Brasil precisa priorizar sua Política Nacional de Crédito Rural. O desenvolvimento nacional passa, necessariamente, pelo fomento ao agronegócio — desde a agricultura familiar até os grandes produtores. É através do campo que o país alimenta o mundo, gera empregos, movimenta a economia e mantém sua presença estratégica no comércio internacional – inclusive equilibrando a nossa balança comercial!
Nesse contexto, é fundamental que o governo aumente os aportes de capital por meio do Plano Safra e outros mecanismos jurídico-financeiros, com linhas de crédito específicas e realmente acessíveis. O financiamento rural não pode ser visto como gasto, mas como investimento de alto retorno social e econômico, pois, em última análise, não há se falar em paz social onde há insegurança alimentar.
As fintechs, com sua agilidade e inovação, também têm um papel importante no financiamento do agro. Podem contribuir com modelos mais dinâmicos e personalizados, aproximando o crédito do produtor com menos burocracia.
No entanto, os regulamentos de concessão de crédito não podem ser um fim em si mesmos, quer dizer, é crucial que haja o respeito às condições mínimas de segurança jurídica para o produtor, pois dívida rural se paga com produção, jamais com patrimônio.
O crédito rural deve ser um instrumento de prosperidade, não de aflição, significa dizer que, ocorrendo a impossibilidade de liquidação da dívida rural por motivos alheios à vontade do produtor, devidamente comprovados, haver um “colchão social” que o ampare, a fim de evitar a suprema injustiça: além da queda, o coice!
O mundo espera que o Brasil aumente em 40% sua produção agropecuária nos próximos dez anos. Para isso, é necessário crédito justo, estruturado e inteligente. É pelo campo que construiremos um país mais próspero.
O “cavalo selado” está parado à nossa porta: vamos montá-lo e galopar por estâncias verdejantes ou iremos deixar que outros países o façam?