Este artigo foi elaborado a elaborado com ajuda do “AMIGO INTELLIGENCE” por Dr. Gustavo Carvalho.*
A vitamina D é frequentemente chamada de “vitamina do sol”. Isso porque nosso corpo é capaz de produzi-la na pele quando fica exposta à luz solar. Entretanto, muitas pessoas têm apresentado baixos níveis desse nutriente, e a suplementação virou moda. Afinal, será que todo mundo realmente precisa tomar cápsulas de vitamina D?
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O Papel da Vitamina D no Organismo
A vitamina D ajuda a regular os níveis de cálcio e fósforo no corpo, sendo fundamental para:
Saúde dos ossos: Previne osteoporose e fraturas, principalmente em idosos.
Função imunológica: Fortalece o sistema de defesa contra infecções.
Controle do humor: Estudos associam deficiência de vitamina D a maiores índices de depressão e fadiga.
Alguns alimentos, como peixes gordurosos (salmão, atum), cogumelos e ovos, contêm vitamina D em pequenas quantidades. Porém, a principal fonte ainda é a produção pelo próprio organismo, a partir da exposição solar.
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Quem Realmente Precisa de Suplementação?
Nem todos precisam tomar comprimidos de vitamina D. Alguns grupos, porém, correm mais risco de deficiência e podem se beneficiar de suplementos:
1. Idosos: A pele envelhecida produz menos vitamina D.
2. Pessoas com pouca exposição ao sol: Por exemplo, quem trabalha em escritórios sem sair ao ar livre e quem vive em regiões de clima frio e nublado.
3. Gestantes e lactantes: Podem precisar de suplementação para garantir bons níveis para si e para o bebê.
4. Pessoas com doenças crônicas: Problemas renais, hepáticos e intestinais podem atrapalhar a absorção e o metabolismo da vitamina.
Em geral, a dosagem deve ser individualizada de acordo com a análise clínica e laboratorial, sempre sob orientação médica.
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Efeitos do Excesso de Vitamina D
Muitas pessoas acham que, por se tratar de uma vitamina, não há riscos em excesso. Porém, o exagero na suplementação pode levar a:
Hipercalcemia (cálcio alto no sangue), causando náuseas, fraqueza e dores abdominais.
Deposição de cálcio em artérias e rins, aumentando o risco de cálculos renais e problemas cardiovasculares.
Por isso, é essencial buscar aconselhamento profissional e evitar a automedicação.
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A Importância do Exame de Sangue
O teste de sangue que mede 25-hidroxivitamina D ajuda a identificar níveis deficientes, insuficientes ou até mesmo tóxicos. Geralmente, considera-se:
Deficiência: Abaixo de 20 ng/mL
Insuficiência: Entre 21 e 29 ng/mL
Suficiência: Entre 30 e 60 ng/mL
Excesso: Acima de 100 ng/mL
É importante notar que esses valores de referência podem variar um pouco dependendo do laboratório e da diretriz adotada.
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Estratégias para Manter Bons Níveis de Vitamina D
1. Exposição solar moderada: 10 a 15 minutos de sol por dia (antes das 10h ou após as 16h), sem protetor nas áreas expostas, já auxilia na produção de vitamina D.
2. Alimentação equilibrada: Incluir peixes de água fria (salmão, sardinha), cogumelos, ovos e alimentos fortificados.
3. Atividade física ao ar livre: Além de melhorar a saúde geral, ajuda na síntese de vitamina D pela pele.
4. Acompanhamento médico: Pessoas dos grupos de risco ou com suspeita de deficiência devem fazer exames regulares e, se necessário, tomar suplementos na dose adequada.
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Referências Bibliográficas
1. Holick MF. Vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007;357(3):266-281.
2. Institute of Medicine (US) Committee to Review Dietary Reference Intakes for Vitamin D and Calcium. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Washington (DC): National Academies Press (US); 2011.
3. Pludowski P, et al. Practical guidelines for the supplementation of vitamin D and the treatment of deficits in Central Europe—recommended vitamin D intakes in the general population and groups at risk of vitamin D deficiency. Endokrynol Pol. 2013;64(4):319-327.
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Conclusão
A vitamina D exerce funções cruciais para a saúde óssea, imunológica e até mental. No entanto, a suplementação não é necessária para todo mundo. Antes de iniciar qualquer reposição, vale a pena conversar com um médico, avaliar os níveis no sangue e seguir as dosagens recomendadas. Assim, evitamos carências que podem prejudicar a saúde, mas também fugimos dos riscos de excessos.
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Manter-se atualizado é fundamental para alcançar o equilíbrio entre a falta e o excesso, proporcionando qualidade de vida com segurança.
*Gustavo Carvalho, MD, MBA, MSc PhD, é Cirurgião Geral, Professor Adjunto de Cirurgia Geral da UPE, Pós Graduado em Cirurgia Digestiva pela Universidade KEIO no Japão e Consultor de Inteligência Artificial da AMIGO TECH.
Instagram: @doutorgustavocarvalho